domingo, 29 de março de 2009

Frango com funcho


O funcho foi a planta que pela sua abundância deu o nome ao Funchal, aquando da descoberta da Madeira em 1419. Na doçaria madeirense o funcho é utilizado na confecção de rebuçados, muito apreciados pelo seu aroma característico, enquanto na culinária, a planta utilizada como condimento, auxilia a digestão do alimento que será ingerido. A sugestão que apresento, para duas pessoas, é de fácil confecção.

Ingredientes:
2 peitos de frango
50 g de toucinho
1 cebola pequena
1 dentes de alho
1 ramo de funcho
1 lata pequena de cogumelos fatiados
2 tomates maduros
1 c. (chá) de molho inglês
0,5 dl de vinho tinto
Sal e pimenta q.b.

Aloure os peitos de frango em azeite com o toucinho cortado em tiras finas e reserve. No mesmo tacho deite a cebola cortada às rodelas finas, o alho esmagado e o funcho cortado finamente e deixe cozinhar em lume brando por alguns minutos. Adicione os cogumelos escorridos e deixe cozinhar mais alguns instantes. Junte o tomate cortado aos cubos, o molho inglês, o vinho tinto e tempere com pimenta e o sal. Coloque a carne num tabuleiro, envolva com o preparado anterior e leve ao forno pré-aquecido a 190 ºC até a carne ficar tenra. Sirva com semilhas cozidas e legumes.

Bom apetite!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pão-de-ló do Porto Santo


No nosso país, existem muitas formas de confeccionar o pão-de-ló, alterando pouco de região para região, conhecendo-se receitas de finais do séc. XVII. No Porto Santo, a confecção do pão-de-ló resulta num sabor único. Esta é uma receita da gastronomia tradicional madeirense.

Ingredientes:
250 g de açúcar
250 g de farinha
8 ovos
7 gemas
1 c. (chá) de fermento em pó
raspa de um limão
0,5 dl de aguardente de cana sacarina

Ligue o forno a 200 ºC e unte uma forma redonda com manteiga. Forre-a com papel vegetal, que também deve ser untado e reserve. Misture então as gemas com o açúcar e bata com o auxílio de uma batedeira, até obter um creme esbranquiçado. Depois adicione a raspa do limão, a farinha e o fermento em pó. Envolva tudo muito bem. À parte, levante as claras em castelo e envolva-as ao preparado anterior. Por fim, misture a aguardente. Verta para a forma e leve ao forno por cerca de meia hora.

Bom apetite!

Sopa de lentilhas


A ilha do Porto Santo já foi o principal produtor de cereais do arquipélago da Madeira. No início do século XX, produziam-se em quantidades razoáveis, trigo, cevada, centeio e lentilhas. Razão pela qual, a sua gastronomia seja complementar à da restante Região. A sugestão que apresento constitui um prato tradicional do Porto Santo e fez parte do receituário recolhido pela Confraria Gastronómica da Madeira.

Ingredientes:
200 g de lentilhas
350 g de carne de vaca com osso
300 g de abóbora
200 g de semilhas
2 cenouras
5 dentes de alho
2 cebolas
50 g de macarronete
sal q.b.

De véspera demolhe as lentilhas em água fria. No dia seguinte, coloque uma penela ao lume com três litros de água temperada com sal, as cebolas, a carne e as lentilhas. Deixe cozinhar por uma hora. Passado o tempo junte a cenoura, a abóbora e as semilhas tudo cortado em cubos e deixe ferver. Decorridos 20 minutos adicione o macarronete e deixe ferver por mais 10 minutos. Rectifique os temperos e sirva.

Bom apetite!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Gastronomia tradicional é saudável


Ainda há poucos dias um colega de profissão perguntava-me se a gastronomia tradicional ou típica acompanhava os princípios de uma alimentação saudável, rica e diversificada, como hoje os nutricinistas advogam, sobretudo pelos hábitos de vida que as pessoas adoptaram.
Respondi que sim, desde que essa gastronomia seja confeccionada com os produtos tradicionais da região, admitindo alguma inovação e diversificação, até para facilitar a confecção de pratos seculares que ainda é possível encontrar na Madeira e consumido em doses moderadas.
As dezenas de sopas de legumes e de peixe, os caldos, a espetada de carne de vaca ou porco, os assados de galinha, os cozidos e as frutas madeirenses, são elementos gastronómicos ricos em nutrientes, mas que que, infelizmente, durante muitos anos, apenas chegavam á mesa das famílias mais abastadas da Região.
Infelizmente, ainda temos uma larga maioria de restaurantes que apresentam a mesma lista de pratos há muitos anos sem apostar na gastronomia tradicional, o que é cansativo não só para os locais como para quem nos visita, pois não ouvem falar nem de inovação nem de diversificação.
Como gastrónomo assumido, defendo cada vez mais o recurso regular dos produtos tradicionais da Madeira, procurando uma gastronomia de qualidade, simples, mas diversificada, acessível a todos, tal como procuro desenvolver neste blogue.
Sou apenas um autodidacta da cozinha. Não sou chefe de cozinha, nem tenho qualquer formação específica nessa área, mas porque sou um gastrónomo, entusiasta na matéria, de certa forma "investigador de sabores", defensor da "cozinha de autor", na qual cada um, à sua maneira, procura fazer alguma coisa de novo pela gastronomia, sem perfilar caminhos em que apenas os olhos comem, mas o estômago fica queixoso, faço esta reflexão com os meus visitantes neste espaço.
Quantos dos que estão a ler estas linhas, já comprararam ou receberam de oferta livros de culinária, assinados por grandes nomes da cozinha nacional e internacional, mas que depois, na prática, não servem para nada. Desde logo porque alguns ingredientes não se encontram disponíveis nas prateleiras dos supermercados, ou porque o modo de preparação é difícil, ou mesmo porque a linguagem não é entendível, entre outras razões.
Defendo que a confecção de refeições deve ser simples, doseada conforme as necessidades e os gostos de cada qual. Já repararam que são poucos os livros ou receitas que se adaptaram ao facto de hoje, centenas de milhares de pessoas viverem sós ou coabitarem apenas com mais uma pessoa.
Voltemos à gastronomia tradicional e saudável. Sou defensor da ideia de que na Madeira, tal como nos Açores, em Canárias e em Cabo Verde, é praticada a dieta Atlântica, herança em parte da cultura gastronómica da dieta Mediterrânica, candidata a património da UNESCO.
É nesta diferença que nos distinguimos do continente e do restante espaço europeu em termos gastronómicos. É mais aquilo que nos aproxima na região Macaronésia, sobretudo na confecção de alguns pratos e no recurso a determinados ingredientes. Este será ainda um dos meus assuntos de reflexão neste blogue, visto já ter participado como orador, em conferências sobre o tema, nos Açores e na Madeira.

terça-feira, 17 de março de 2009

A roda dos alimentos

A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária. É um símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por grupos e que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes, como demonstra a imagem.
A Roda dos Alimentos Portuguesa foi criada já em 1977 para a Campanha de Educação Alimentar “Saber comer é saber viver”. Apresentava então cinco grupos.
A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à necessidade da sua reestruturação.
A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém o seu formato original, pois este é já facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. Por outro lado, e ao contrário da pirâmide (utilizada em diversos países com culturas gastronómicas diferentes), o círculo não hierarquiza os alimentos, mas atribui-lhes igual importância.
A subdivisão de alguns dos anteriores grupos e o estabelecimento de porções diárias equivalentes constituem as principais alterações implementadas neste novo guia. A nova Roda dos Alimentos é composta por sete grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária: Cereais e derivados, tubérculos - 28 por cento, Hortícolas – 23 por cento, Fruta – 20 por cento, Lacticínios – 18 por cento, Carnes, pescado e ovos – 5 por cento, Leguminosas – 4 por cento, Gorduras e óleos – 2 por cento.
A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Sendo a água imprescindível
à vida, é fundamental que se beba em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar entre 1,5 e 3 litros por dia.
Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si. Dentro de cada grupo estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes, podendo e devendo ser regularmente substituídos uns pelos outros de modo a assegurar a necessária variedade.

Salada de frango


As saladas constituem excelentes pratos para quem quer manter uma alimentação saudável. As carnes magras das aves, os vegetais frescos e crus e as massas formam um prato rico em vitaminas e hidratos de carbono. Tudo isto torna-se insuficiente se não praticar exercício físico, visto ser esse o principal problema da sociedade actual, demasiado sedentária. Para um quarentão como eu, há que ter a noção de que com a idade, o metabolismo torna-se preguiçoso e há que reduzir gradualmente a quantidade de calorias que se ingere. A sugestão que apresento dá para duas pessoa.

Ingredientes:

75 g de massa tricolor
2 peitos de frango pequenos
1 cenoura
1 dente de alho
1 tomate
4 folhas de alface
2 c. (chá) de passas
1 limão
azeite q.b.
sal q.b.

Começe por cozer a massa em água abundante, temperada com sal e um fio de azeite. Depois de cozida, escorra-a e deixe arrefecer. Entretanto, grelhe os peitos de frango, temperados com sal e alho. Enquanto isto, transfira a massa para uma saladeira e acrescente a cenoura raspada, o tomate aos cubos e a alface em juliana. Corte os peitos de frango aos cubos e junte à salada, tempere com o sal, o azeite em fio e o sumo de limão. Sirva polvilhado pelas passas.

Bom apetite!

Arroz de carqueja


A carqueja, planta abundante nas serras da Madeira, tem um gosto amargo, mas reúne propriedades medicinais, recomendadas para combater problemas digestivos e hepáticos. Com efeito diurético, auxilia no emagrecimento e no controle da diabetes. Pelo mesmo motivo, deve ser usada com moderação. A sugestão que aqui deixo, para duas pessoas, permite a sua confecção simples com rebentos tenros da planta, servindo de complemento ao arroz.

Ingredientes:

200 g de arroz
1 mão de rebentos de carqueja
1/2 cebola picada
1 dente de alho
2 c. (sopa) de azeite
sal q.b.

Lave bem os rebentos de carqueja frescos e faça uma infusão com a água que vai depois cozer o arroz. Numa panela, aqueça o azeite e junte a cebola e o alho bem picados. Mexa até alourar e adicione o arroz por 1 minutos. Regue com a infusão de carceja e tempere com o sal. Deixe cozer em lume brando e sirva com um prato de carnes magras, como preparados de coelho ou aves.

Bom apetite!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pão-de-ló de São Vicente


Na doçaria portuguesa encontram-se espalhadas pelo país diversas receitas da mesma iguaria. O que as difere são os complementos que ao longo dos anos são implementados em diversas localidades. Na Madeira, neste caso particular de São Vicente, o pão de ló entra no receituário local com alguma frequência. A sugestão é de simples confecção.

Ingredientes:

7 gemas
3 ovos
250 g de açúcar
150 g de farinha
raspa de um limão

Ligue o forno a 200 ºC e unte uma forma com manteiga, polvilhando de seguida com farinha. De seguida, numa taça bata o açúcar com as gemas e os ovos. Envolva depois a farinha com a raspa de limão e incorpore na massa nterior e verta para a forma. Leve ao forno por 30 minutos. Desenforme morno.

Bom apetite!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Atum de escabeche


Na Madeira chamam-se "dentes" aos petiscos que são consumidos antes das refeições principais ou durante o consumo de determinadas bebidas alcoólicas. O atum em escabeche ou atum d'escabeche, é um dos principais "dentinhos" servidos em casa ou em alguns restaurantes ou "tascas". Esta sugestão pode ainda constituir um prato principal, acompanhado por semilhas cozidas, legumes, maçarocas, milho cozido ou frito, ou uma salada fresca (na foto).

Ingredientes:

1 kg de atum posta
6 dentes de alho
2 ramo de salsa
1,5 dl de azeite
3 c. (sopa) de vinagre de vinho
sal e pimenta q.b.

Deixe o atum sangrar em água ou leite frio durante pelo menos duas horas. Decorrido esse tempo, leve o peixe a cozer em água fervente, com três dentes de alho, a salsa e o sal. Depois de cozido escorra o atum, parta em pedaços e coloque-o num recipiente de loiça. Regue com o azeite e o vinagre e tempere com os restantes dentes de alho picados, salsa picada, sal e pimenta a gosto. Deixe arrefecer e sirva. Por forma a apurar o sabor do preparo, guarde o atum em escabeche de um dia para o outro e sirva frio.

Sugestão: se preparar o atum em escabeche para o próprio dia, leve a cozer com algumas cebolinhas que deverão acompanhar depois o preparo final.

Bom apetite!

Novo vinho lançado na Madeira


O vinho “Terras do Avô”, da empresa Duarte Caldeira e Filhos - Seixal Wines, Lda, foi esta semana apresentado na freguesia do Seixal, numa cerimónia que contou com a presença do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.
Na ocasião, o empresário alertou para o facto dos vinhos produzidos na Região serem preteridos em função do preço e de não ser dada a oportunidade aos turistas de escolher vinhos madeirenses. Duarte Caldeira fez eco de uma preocupação há muito denunciada pelos gastrónomos, que se prende com a apresentação ao cliente de uma carta de vinhos, onde constam vinhos a preço convidativo, mas que peca pela falta de qualidade.
Por seu turno, Alberto João Jardim, sem perder a deixa do empresário, salientou que uma mudança na restauração «só pode funcionar pela via da persuasão», aproveitando a oportunidade para promover o consumo de produtos regionais que têm, na maioria dos casos, melhor qualidade.
Tal como referiu, «terá de ser pela via do esclarecimento que todos nós temos obrigação de fazer, para que o dinheiro fique na Madeira e as nossas empresas sejam incentivadas a produzir mais».
O “Terras do Avô” branco, pretende homenagear toda a família de Duarte Caldeira, com uma produção de cinco mil garrafas, sendo a maioria destinada ao mercado regional. Ficou a promessa de em 2010, ser lançado o “Terras do Avô” tinto.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bolo Catarina


Até hoje confesso que nunca tinha visto alguém pintar um bolo. A Katucha proporcionou-me esse momento interessante, ao pintar uma estrelícia no bolo, feito horas antes. Mais um contributo para enriquecer alguns conhecimentos culinários, nomeadamente na componente da doçaria. São bolos de festa de aniversário ou outros eventos relevantes que merecem um doce à altura do acontecimento. A receita do bolo é simples e original da autora, com um toque madeirense muito importante.

Ingredientes:

250 g manteiga
250 g farinha
220 g açucar mascavado
100 g de miolo de amêndoa
6 ovos
2 c.(sopa) de mel de cana
2 c. (chá) de pó Royal
1 c. (café) de canela
Raspa de 1/2 laranja
1 cálice de Vinho Madeira
Pão ralado q.b

Recheio

200grs de Manteiga
350 grs de açucar refinado
2 colheres de sopa de Drambuie
1 cálice de Vinho Madeira

Para a confecção do bolo, misture o açucar com a manteiga, que deve estar à temperatura ambiente. Junte as gemas e bata muito bem até obter uma mistura homogénea. Adicione o mel de cana, a raspa de laranja e a canela. Acrescente a farinha, entretanto misturada com o fermento e o miolo de amêndoa. Finalmente junte o Vinho Madeira e bata tudo muito bem. Bata as claras em castelo e envolva-as na massa.
Unte uma forma com manteiga e polvilhe com pão ralado. Pre-aqueça a forno a 200ºC.
Coloque a forma no forno e passados 10 minutos, diminua a temperatura para 190ºC até ao fim da cozedura, de aproximadamente 45 minutos.

Recheio

Bata a manteiga, que deverá estar à temperatura ambiente, quando esta estiver macia, junte aos pouco o açucar refinado, e por fim o Drambuie e o Vinho Madeira. Se este creme ficar muito mole juntar mais um pouco de açucar até obter a consistência desejada.

Depois do bolo arrefecer, parta a meio e deite no centro 1/3 do creme de manteiga. Por fim cubra todo o bolo com o creme.

Bom apetite!

segunda-feira, 9 de março de 2009

"Terras do Avô" será lançado quinta-feira no Seixal


O empresário Duarte Caldeira apresenta na próxima quinta-feira, no Seixal, a nova marca de vinhos madeirense "Terras do Avô", numa cerimónia que contará com a presença do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.
O "Terras do Avô" é uma marca de vinho de mesa branco e tinto e constitui uma homenagem aos familiares directos do empresário madeirense. O primeiro vinho a sair será um branco de 2008, com 12,5 graus, que terá o condão de ser o mais rápido entre a colheita e a colocação no mercado. Nesta primeira vindima o produtor espera ter 5 mil garrafas de branco, sendo possível aumentar no próximo ano.
O vinho estará à venda nos principais restaurantes, garrafeiras, lojas do grupo Sá e unidades hoteleiras.
Nos vinhos brancos, o Verdelho e o Arnsburguer são as principais castas, enquanto nos tintos, destaque para a Tinta Roriz ou Aragonez, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Merlot. A empresa produziu em 2008 15 mil quilos de uvas brancas e tintas, sendo dez mil quilos em terrenos próprios.
Para o tinto, o produtor só lançará o primeiro "Terras do avô" em Outubro deste ano, um vinho resultante da combinação das cinco castas referidas, com seis mil garrafas.
Cerca de um ano depois, Duarte Caldeira conta ter cá fora um tinto reserva, com duas castas: 70% de Sirah e 30% de Tinta Roriz ou Aragonez. Prevê lançar cerca de três mil garrafas deste reserva com 14 graus, que sublinha ser a primeira vez que se produzirá um tinto na região com esta graduação. Este vinho está já a estagiar em barricas de carvalho francês.
O "Terras do Avô" é engarrafado na adega de São Vicente, sob orientação do enólogo consultor Paulo Laureano e do enólogo residente João Pedro Machado.

Vinho Madeira promovido no Porto


O Vinho Madeira esteve representado na VI edição da Feira Essência do Vinho que decorreu no fim-de-semana no Palácio da Bolsa, no Porto, evento que contou com a presença de 300 expositores e uma centena de especialistas nacionais e estrangeiros.
A presença da Região foi assegurada através do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira que promoveu e consolidou o conhecimento dos produtos regionais madeirenses de qualidade.
Na feira que terminou ontem, esteve em prova mais de 2.500 vinhos, sendo 36 produzidos na Madeira.
Esta feira destinou-se a profissionais do sector do vinho, da gastronomia, e público em geral, tendo sido realizadas cerca de meia centena de acções paralelas, entre as quais provas temáticas e comentadas de vinho.
As provas de Vinho Madeira foram acompanhadas com o tradicional bolo de mel-de-cana confeccionado no arquipélago, e decorreram no espaço da Região decorado com flores da Madeira.
A presença do Vinho Madeira neste tipo de feiras é considerada fundamental para a sedimentação da produção insular mercado nacional.
Em termos económicos, o consumo de Vinho Madeira em Portugal Continental representou, em 2008, cerca de 287.995,86 euros, representando em 46.194,25 litros, o que equivale a 6,97 por cento do total nacional. O Vinho Madeira mais consumido pelos continentais é do tipo meio seco 3 anos (18.309 litros), e o tipo doce com o mesmo tempo (9.896,75 litros).
A Madeira investiu cerca de 2.900 euros nesta acção, uma iniciativa co-financiada em cerca de 70% por fundos comunitários.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Leite é bebida primordial


O leite constitui para o ser humano, como mamífero que é, uma bebida primordial, que garante um bom crescimento e a prevenção de algumas doenças, nomeadamente, a osteoporose. Está provado cientificamente que o leite é o melhor fornecedor de cálcio para o organismo. Os ossos, enquanto estruturas em actividade permanente, precisam de ser fortes. O cálcio é o mineral responsável por essa robustez.
A composição do leite mostra a variedade de nutrientes que ele possui: água, hidratos de carbono, lípidos, minerais, proteínas e vitaminas. Ao nível dos nutrientes, o leite só não tem fibras na sua constituição.
Os nutricionistas aconselham, consoante a idade, a ingestão das seguintes quantidades:
3 - 9 anos: 1/2 litro por dia (2 copos)
10 - 24 anos: 3/4 litro por dia (3 copos)
Grávidas: 3/4 litro por dia (3 copos)
Aleitantes: 1 litro por dia (4 copos)
Idosos: 3/4 litro por dia (3 copos)
Adultos: 1/2 litro por dia (2 copos)

Sendo um dos alimentos mais completos e nutritivos que existem na natureza, a sua ingestão deve ser incentivada junto dos mais novos.

Nota: Algumas pessoas são intolerantes ao leite, por falta de uma substância que degrada a lactose - o principal açúcar do leite -, pelo que devem evitar beber leite e outros produtos que contenham lactose na sua composição.

Sopa de couve lombarda


As sopas de legumes constituem uma excelente base alimentar, rica em nutrientes e de fácil digestão. A maior parte das vezes, a obstipação é provocada pela falta de fibras. Por isso é tão importante comer vegetais regularmente, o que não é difícil graças à variedade de cremes e sopas. A couve é rica em vitamina E, que combina o seu poder antioxidante com a prevenção de um bom número de doenças degenerativas como o cancro ou as doenças cardiovasculares, neste caso por ser rica em tiamina e ter um papel importante na condução dos impulsos nervosos e no metabolismo aeróbio. Assim sendo, nesta onda de frio, sabe bem consumir uma sopa simples, de fácil confecção e sempre pronta a servir, visto poder ser guardada até quatro dias no frigorífico. A sugestão que deixo dá para quatro doses.

Ingredientes:

1/2 couve lombarda média
1 litro de água
2 cebolas
2 dentes de alho
5 semilhas médias
1 pedaço de abóbora amarela
4 cenouras
sal q.b.

Coza a couve cortada em pedaços em água temperada com sal, retire-a depois de cozida e reserve a água da cozedura. Descasque e corte em pedaços as cebolas, os alhos, as semilhas, a abóbora e as cenouras, levando a cozer na água da couve, durante 15 minutos. Triture bem este preparo e adicione a couve cozida. Deixe ferver por dois minutos e rectifique os temperos e sirva quente.

Sugestão: Antes de ralar a sopa, retire uma cenoura e corte em cubos e adicione à couve antes de voltar a ferver.

Bom apetite!

terça-feira, 3 de março de 2009

Vinho Madeira promovido no Japão


Pelo quarto ano consecutivo, o Vinho Madeira volta a estar presente na Feira Foodex, que terá lugar em Tóquio a partir de hoje até 6 de Março. Esta é a mais importante feira do sector dos vinhos e agro-alimentar no Japão, estando o Vinho Madeira representado com um stand próprio com mais de 30 metros quadrados.
Este espaço, disponibilizado gratuitamente pelo Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), com decoração alusiva à história, paisagem e tradições do Vinho Madeira será constituído por 6 balcões que estarão à disposição das cinco empresas produtoras/exportadoras de Vinho Madeira presentes no evento para mostra e degustação dos seus produtos, dois espaços para reuniões com importadores e um espaço reservado de apoio.
A coordenar esta acção e em representação do IVBAM estará o seu presidente, Paulo Rodrigues.
As cinco empresas de Vinho Madeira que se fazem representar neste evento, pelos seus sócios e/ou importadores locais, são as seguintes: Vinhos Justino e Henriques, Filhos, Lda; Vinhos Barbeito-Madeira, Lda.; Pereira D’ Oliveira - Vinhos, Lda; Henriques & Henriques e HM & Borges.
Segundo nota informativa do IVBAM, “em países/mercados onde se dá muito valor às relações humanas e principalmente no Japão, onde os negócios obrigam a contactos permanentes e prolongados, é sem dúvida muito importante esta presença do Vinho Madeira na Foodex 2009”.
Esta aposta promocional no Japão prende-se com a importância deste mercado em termos de exportações do Vinho Madeira em países fora da União Europeia, sendo um mercado com valor acrescentado por litro superior à média.
Nos últimos quatro anos o mercado japonês foi o quarto mercado de exportação de Vinho Madeira, tendo em 2008 registado um volume de exportação de 205.283,70 litros o que representou um rendimento bruto de €1.092.786,88.
Neste mercado o vinho de três anos representa a principal fatia com um volume de comercialização, em 2008, de 193.368,45 litros, seguindo-se, curiosamente o Vinho Madeira de 10 anos com um volume de 6.073,50 litros.
Esta acção promocional é financiada dentro do Projecto a três anos IFADP/INGA “Acções de Informação e Promoção a favor de Produtos Agrícolas em Países Terceiros” co-financiado pela União Europeia em 50%, por Portugal em 20% e o restante pela Região, e que para além do Japão contempla acções promocionais no Brasil, Estados Unidos da América e Canadá.

O pequeno-almoço


Todos os nutricionistas aconselham que devemos começar o dia com uma refeição, a que denominamos de pequeno-almoço (expressão que lhe retira importância), sendo a melhor forma de restabelecer os níveis de energia, aumentar a concentração, além de elevar o sentido de humor e bem-estar. Hoje, face à corrida contra o tempo matinal, seja na preparação dos filhos, do trânsito, da distãncia do local de trabalho, entre outros factores, muitas pessoas generalizaram o hábito de não tomar o pequeno-almoço em casa. Nada mais errado.
Cabe a esta importante refeição, que os nutricinistas preferem chamar, e bem, de primeiro-almoço, abastecer o corpo de nutrientes necessários para as primeiras horas do dia. Está cientificamente provado que o pequeno-almoço contribui para a manutenção de um peso e metabolismo saudáveis e é importante para atingir as doses diárias recomendadas de alguns nutrientes.
Acordar sem apetite pode traduzir um mau funcionamento digestivo, nomeadamente vesícula preguiçosa, vermes intestinais, ingestão nocturna excessiva ou, tal como referi anteriormente, a falta de hábito.
Os nutricinistas alertam para o facto do pequeno-almoço ser importante em todas as idades, esta refeição é fundamental nas crianças, dado que contribui decididamente para a concentração e a um melhor desempenho intelectual.
Por outro lado, esta constitui a primeira refeição depois de muitas horas em jejum, que regra geral vão até às oito horas. Como se sabe, mesmo em repouso, o nosso organismo gasta energia para realizar acções fundamentais à manutenção da vida, daí a necessidade de regular a glicemia (açucar no sangue) após o jejum de muitas horas.
A investigação refere que para prevenir que essa diminuição chegue a uma situação de hipoglicemia o organismo possui mecanismos que a evitam. No entanto, fá-lo com recurso, principalmente, às reservas de glicogénio (uma das formas de armazenamento dos hidratos de carbono).
Por isso, os primeiros alimentos do dia são importantes para restabelecer os níveis de glicemia e as reservas de glicogénio fundamentais para o fornecimento de energia.
Pode parecer contraditório, mas a verdade é que após um jejum prolongado deve-se evitar ingerir alimentos doces ou ricos em açucares simples.
Muitas pessoas optam por tomar o pequeno-almoço numa pastelaria, próxima do local de trabalho, contudo acaba por consumir, normalmente a mesma coisa: café, bolo ou sandes. Desta forma absorve elevadas quantidades de açucares simples ou gorduras.
Por outro lado, se saltar o pequeno-almoço sentirá fome muito mais cedo e comerá antes do almoço sendo que, geralmente, as escolhas nestas alturas acabam também por recair em alimentos ricos em açúcar e gordura. Esta situação afecta todo o seu dia alimentar através da desregulação dos horários das refeições, das quantidades e tipo de alimentos ingeridos.
Assim, aconselho ao pequeno-almoço a ingestão de pão integral ou cereais pouco refinados (hidratos de carbono e ricos e fibras), café ou chá (verde é excelente por conter cafeína e ser antioxidante), leite ou derivados em dose adequeada (iogurte, queijo, manteiga), fruta ou sumo natural.
O consumo destes minerais lacticínios, cereais pouco refinados ou integrais e fruta, ajudam a atingir as doses diárias recomendadas de vitaminas, minerais, cálcio e fibra. Por outro lado, permite ter mais um agradável momento em família, contribuindo para educar os filhos no que respeita às escolhas alimentares para atingir uma alimentação saudável.
Com os problemas relacionados com a obesidade infantil, esta forma de educar os filhos pela alimentação saudável, começa em casa e ao pequeno-almoço.

Peito de frango com abacate


Rica em vitaminas (K e B6), a pêra abacate como é conhecida na Madeira, é um fruto originário da América e o seu nome deriva da palavra asteca "ahuacatl". Há muitas variedades de abacates, a maioria das quais são cultivadas na Madeira. A mais popular é a variedade Furte, de pele macia, verde-escura e uma forma mais definida de pêra. Utilizada de várias formas, a abacate acompanha bem saladas de frutas e vegetais, entradas com marisco e pratos de frango. A sugestão que apresento para duas pessoas é simples e económica.

Ingredientes:
2 peitos de frango
2 c. (sopa) farinha
1 c. (sopa) de manteiga
1 abacate
1 dl de leite
1 dl de natas
1 cálice de Vinho Madeira seco
1 cubo de caldo de galinha
sal q.b.

Corte o peito de frango em pedaços e leve a alourar com a manteiga. Junte o caldo de galinha e o Vinho Madeira e deixe cozinhar por 15 minutos, em lume brando. Retire depois o frango para os dois pratos. Junte ao molho a farinha, o leite e as natas, mistere bem e tempere a gosto com sal. Entretanto, descasque a pêra abacate e corte em gomos e junte-os ao molho na panela, deixe apenas aquecer e retire do lume. Cubra os pedaços de frango com o molho preparado e sirva com puré de batata ou arroz.

Bom apetite!

Bolo de cenoura


As qualidades da cenoura já aqui foram devidamente desenvolvidas, mas nunca é demais lembrar que a fibra da cenoura ajuda no trânsito intestinal e na redução dos níveis de colesterol do sangue. A sugestão que apresento, é um bolo simples de confeccionar e delicioso que pode ser servido como sobremesa ou lanche.

Ingredientes:
6 ovos
200 g de açucar
Raspa de meio limão
Raspa de uma cenoura
200 g de farinha
1 c (chá) fermento em pó

Calda de cenoura
3 dl de água
200 g de açucar
1 casca de limão
1 pau de canela
2 cenouras raladas

Começe por bater os ovos com o açucar e a raspa de limão, acrescente a cenoura e envolta tudo muito bem. Adicione a farinha já misturada com o fermento e mexa até obter uma massa uniforme. Leve ao forno a 180 ºC numa forma untada, por 35 minutos. Prepare a calda, levando ao lume os ingredientes, com excepção para a cenoura raladas, que deve juntar apenas quando levantar fervura. Deixe ferver por cinco minutos e retire do lume e deixe amornar. Desenforme o bolo morno e ensope-o com a calda de cenoura.

Sugestão: Pode servir o bolo sem a calda na cobertura. O resultado simples é delicioso q.b.

Bom apetite!