sábado, 26 de dezembro de 2009

Promoção de Vinho Madeira no aeroporto e no porto do Funchal


O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira
promove uma acção de promoção entre os dias 28 e 31 de Dezembro
com intuito de posicionar o Vinho Madeira associando-o a um
estilo de vida madeirense requintado e festivo, sugerir a oferta
e o seu consumo durante esta época festiva.
Esta acção orientada para o público constituído por turistas que
visitam a Região decorrerá até ao final do ano, na zona das chegadas
do Aeroporto Internacional da Madeira junto à exposição Vinho e
Bordado Madeira que está patente naquela infra-estrutura desde Maio
do corrente ano.
Ali terá lugar uma recepção de boas vindas, durante a qual
os visitantes poderão degustar um Vinho Madeira.
Serão igualmente distribuídos postais de fim de ano, contendo
uma breve informação sobre o Vinho Madeira e algumas sugestões sobre boas
combinações e experimentar, bem como brochuras sobre o Bordado Madeira.
Durante o mesmo período será distribuído o mesmo material promocional junto dos
cruzeiros que chegam ao Porto Funchal.
Em termos de consumo de Vinho Madeira no mercado regional, o total consumido
é de cerca de 531.304,25 litros, representando cerca de 3.831.450,42 euros.
O mercado regional representa cerca de 16% do total de consumo de Vinho Madeira,
assumindo-se como um mercado muito importante para o produto, assim como, é
o produto tradicional que maior expressão tem na economia regional.

Mostra de Iguarias da Fajã do Penedo reaviva outros "natais"


Na freguesia de Boaventura, em São Vicente, Madeira, as iguarias da quadra de Natal são divulgadas numa mostra que tem lugar no adro da igreja da Fajã do Penedo que vai integrar o roteiro gastronómico daquele concelho.
A Mostra de Iguarias de Natal da Fajã do Penedo é uma realização da Casa do Povo da Boaventura com a finalidade de preservar usos e costumes ancestrais gastronómicos daquele sítio.
A Fajã do Penedo é uma localidade da freguesia da Boaventura, no interior do concelho de São Vicente, que durante muitos anos esteve afastada dos centros administrativos, uma situação que levou a respectiva população a idealizar, com antecedência, todos os preparativos para o período de Natal.
Por não ter à mão as facilidades que a cidade oferecia na oferta de produtos, a população local passou então a produzir, com antecedência e com base nos frutos da sua terra, as iguarias - licores diversos, broas, bolos variados e particularmente o de mel, a carne vinha d'alhos, a canja de galinha, de animais criados domesticamente - com que brindavam o Natal.
Esta mostra, que já vai na quarta edição, constitui um reavivar de uma tradição e uma atracção que faz deslocar à Fajã do Penedo muitos forasteiros para, em redor das barracas levantadas no largo comunitário, com a igreja na proximidade e o verde das montanhas ao fundo, saborear estas produções domésticas, numa iniciativa da Casa do Povo da Boaventura e apadrinhada pela Câmara Municipal de São Vicente.
"A Câmara vai aproveitar as ideias da Casa do Povo e vamos provavelmente dentro de um a dois anos integrar todos estes eventos num roteiro culinário do concelho", explica Jorge Romeira, presidente da autarquia de São Vicente.
"Queremos manter a nossa identidade própria, os produtos da terra que as pessoas usavam no Natal, muitos deles usados derivados do afastamento dos grandes sítios o que obrigava as pessoas a fazer em casa os seus licores, os seus bolos e toda a sua alimentação de Natal", recorda.
Jorge Romeira considera que toda esta actividade gastronómica expressa "uma memória colectiva": "nós podemos andar pelo mundo inteiro mas temos a nossa memória cultural sempre aqui e é essa memória que vamos preservar".
O presidente da Casa do Povo da Boaventura, Robert Santos, afiança que a Mostra de Iguarias de Natal "é uma aposta ganha e é para continuar".
"São as pessoas simples que dedicam todo o seu tempo e trabalho para que tudo corra bem", conclui.
As diversas iguarias, o pão caseiro, a poncha (bebida típica madeirense feita com aguardente, limão e mel de abelhas) e os licores são apreciadas ao som de grupos de folclore e de música tradicional que emprestam à iniciativa uma certa ruralidade.

Bolo de mel é "ex-libris" da doçaria madeirense


O bolo de mel da Madeira, feito à base de farinha, mel de cana sacarina e especiarias, constitui umas das iguarias mais apreciadas da doçaria madeirense, em particular no Natal, calculando-se que existam mais de 200 receitas diferentes.
Confeccionado ao longo do ano em pastelarias e confeitarias da Madeira, o bolo de mel adquire um sabor tradicional quando feito em casa, com recurso a receitas que remontam aos primórdios da colonização da ilha, no século XV.
Entusiasta da confecção anual de bolos de mel, Cristina Marta, 38 anos, educadora de infância, abriu-nos a porta da sua casa e demonstrou como se faz a iguaria que constitui o "ex-libris" da doçaria da Madeira.
A receita de bolo de mel é antiga, tem cerca de 200 anos e está escrita à mão num pequeno caderno de cozinha, que apenas é aberto para ocasiões especiais e quando a memória falha.
Desta vez, Cristina Marta optou por triplicar a receita (cerca de três quilos de massa) e confeccionar 35 bolos, todos para consumo doméstico e para prendas entre a família.
Picadas as nozes, as amêndoas e as cidras (citrinos cristalizadas), Cristina Marta começa por deitar num tacho grande a farinha, o bicarbonato de sódio e depois mistura as especiarias, que conferem ao bolo um paladar peculiar e garantem a sua conservação por cerca de um ano.
À medida que deita no alguidar os ingredientes, olha para a receita para não falhar. «É muito importante respeitar a receita, caso contrário não acerta e é um grande prejuízo», salienta.
Derretida a banha, com a manteiga e o leite (ingrediente diferenciador e inovador do séc.XX), a massa adquire a cor acastanhada com a introdução do mel de cana sacarina.
«O melhor mel de cana é feito na Madeira na fábrica do Ribeiro Sêco», destaca, enquanto mede a quantidade certa e adiciona à massa, batida à mão pelo marido.
Aos frutos secos adiciona um pouco de farinha para que estes ingredientes não fiquem no fundo das formas e depois mistura ao preparado do alguidar.
A massa fica depois a repousar por algumas horas. Há receitas que admitem um repouso superior a um dia.
Em formas untadas com farinha, Cristina estende a massa e com paciência enfeita os bolos com amêndoas e nozes. Depois de uma hora no forno a 190º C, os bolos são retirados e depois de arrefecidos são embrulhados em papel vegetal para melhor conservação.
Cristina Marta gosta do produto final e, tal como manda a tradição madeirense, o bolo de mel é partido à mão e quando servido deve ser acompanhado por um fino e velho Vinho Madeira.
Produto certificado pelo Governo Regional da Madeira, o bolo de mel é conhecido em todo o mundo, sobretudo por acompanhar as mostras gastronómicas realizadas em bolsas de turismo e acções de promoção turística.
O bolo de mel de cana-de-açúcar representa uma herança gastronómica do convento de Monchique, depois de cruzados os ensinamentos culinários de Portugal com o exotismo árabe-berbere.
Crónicas Franciscanas mencionam que frei Jordão do Espírito Santo navegou no século XV para a Madeira munido da sabedoria do bolo de mel que mais tarde seria passada às freiras franciscanas do Convento de Santa Clara, no Funchal.
Especialistas na confecção de doçaria, as freiras juntaram ao bolo algumas especiarias, com destaque para o cravinho.

Bom apetite e Boas Festas!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vinho e Bordado Madeira como prendas de Natal

A secretaria regional dos Recursos Naturais e Ambiente lançou hoje uma campanha promocional do vinho e bordado Madeira no mercado local apresentando-os como produtos genuínos para prendas de Natal.
"Esta campanha tenta provocar madeirenses e visitantes numa altura de ofertas de Natal", disse o secretário regional dos Recursos Naturais e Ambiente, Manuel António Correia, no lançamento desta iniciativa que decorreu no Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira.
Manuel António Correia lembrou que cerca de sete mil famílias dependem dos sectores do vinho e dos bordados pelo que apelou que "os madeirenses a serem cada vez mais regionalistas e numa altura de ofertas de Natal esta é uma excelente forma de contribuir para a economia e o social da região".
Esta campanha tem como objectivo posicionar o vinho Madeira associando-o a um estilo de vida madeirense requintado e festivo, sugerir a sua oferta e aumentar o seu consumo, moderado, durante a época natalícia e de fim-de-ano.
Estas campanhas - através de newsletter, mupis e maketing directo - representam um investimento de 40 mil euros.
O consumo de vinho Madeira no mercado regional é de cerca de 531 mil litros e representa cerca de 3,8 milhões de euros.