domingo, 14 de dezembro de 2008

Estudo revela que comer pouco é o modo mais eficaz de ter vida mais longa

Comer pouco é o modo mais eficaz para ter uma vida mais longa, segundo um estudo de cientistas japoneses que a revista Nature divulga no seu último número.
A conclusão resulta do estudo do efeito que tem a enzima RHEB-1 na duração da vida e de como este componente se altera em função da ingestão calórica de cada indivíduo.
A investigação realizou-se com uma espécie de minhoca, mas a equipa da Universidade de Quioto que fez o estudo, dirigido pelo professor Eisuke Nishida, afirma no trabalho que a teoria é também aplicável aos mamíferos em geral.
Segundo o estudo, "a restrição alimentar é a intervenção mais eficaz e mais reproduzível para alargar a esperança de vida em espécies completamente diferentes".
Nos mamíferos, asseguram os investigadores, constatou-se a existência de dois regimes alimentares que têm uma clara incidência quanto ao prolongar da vida e na redução do número de problemas de saúde relacionados com o envelhecimento.
O primeiro é o "jejum intermitente", que de acordo com a investigação pode aumentar os anos de vida, inclusive nos casos em que a redução de ingestão de calorias é escassa ou mesmo inexistente.
O outro é "a restrição calórica crónica", que implica uma redução constante e continuada dos alimentos ingeridos e que também influi na citada enzima, cujo mecanismo subjacente de funcionamento continua a ser um mistério.
Os cientistas da Universidade de Quioto utilizaram minhocas da espécie "Caenorhabditis elegans" e poderam comprovar que aquelas que deixavam de comer durante dois dias aumentavam a sua longevidade em cerca de 50 por cento.
Além disso, as minhocas que jejuavam a cada dois dias eram mais resistentes aos processos de "stress oxidativo" e mostravam menos sintomas de declínio físico relacionado com o envelhecimento que os seus congéneres a quem se permitiu comer quanto quisessem.
A conclusão é indicativa de que comer pouco, jejuando de vez em quando ou reduzindo as calorias que se consomem, prolonga a vida, devido à influência que tem em vários processos como a resistência do organismo ao stress, o controlo da qualidade das proteínas e a integridade da carga do genoma.

Lusa

Semilhas com conduto de carne de porco

Do concelho da Ribeira Brava recolhemos esta receita que, igualmente por ocasião do Natal, merece aqui uma nota de destaque da gastronomia tradicional madeirense. Trata-se de um prato que pode ser confeccionado nos dias da Festa, proporcionando uma alternativa a quem precisa apresentar como iguaria em casa. Infelizmente, já não se encontra na oferta dos nossos restaurantes, pelo que, em casa, com familiares e amigos, constitui uma excelente opção e de fácil confecção.

Ingredientes:

900 g de carne de porco (entremeada)
3 cebolas
700 g de semilhas
2 pimentas
2 c. (sopa) de banha
1 c. (sopa) de colorau
2 folhas de louro
5 dentes de alho
3 tomates

Leve uma panela ao lume, com água temperada de sal e pimentas. Mergulhe a carne e deixe cozer por 40 minutos. Retire-a então do caldo e reserve. Junte as semilhas cortadas em meias luas e coza-as.
Depois de cozidas retire-as e reserve. Entretanto, corte a carne em pedaços pequenos e frite-os ligeiramente numa frigideira com a banha bem quente. Depois de estar dourada, adicione os alhos laminados, a cebola picada grosseiramente e o tomate em cubos. Deixe refogar. Tempere com o colorau e rectifique o sal. Adicione as semilhas e polvilhe com salsa picada. Sirva numa travessa.

Bom Apetite!

Dicas e conselhos - Vinho e Comida


Se servir vários vinhos numa mesma refeição, deve começar pelo mais leve e fraco e acabar pelo mais forte e encorpado. O vinho que vai servir deve estar em harmonia com a comida que acompanha: os vinhos suaves devem acompanhar pratos pouco temperados e os vinhos fortes e encorpados convêm mais aos pratos pesados e temperados.

Entradas
Com as entradas deve ser servido vinho branco seco, vinho verde branco, vinhos generosos secos ou ainda vinhos espumosos secos.

Sopa
Com sopa é clássico 'molhar-se a boca' com generosos secos. No entanto, os vinhos rosados e os espumosos podem servir de vinho único ao longo de uma refeição.

Mariscos
Os mariscos servem-se, normalmente, com o mesmo vinho servido para os aperitivos (vinho branco seco ou verde) ou, se forem acompanhados por molhos picantes, com vinho branco suave, adamado.

Saladas e escabeches
Aos pratos avinagrados, como saladas muito temperadas ou escabeches, não convém nenhum tipo de vinho.

Peixes
Com peixe serve-se normalmente o mesmo vinho que serviu para os aperitivos (vinho branco seco ou verde). Se forem servidos com molhos picantes, aconselha-se um vinho branco suave, adamado.

Peixe estufado e caldeiradas
Com peixe estufado ou em caldeirada, convém apresentar vinhos tintos ligeiros (ou mesmo encorpados, se a caldeirada for picante).

Carnes frias
Com carnes e aves frias serve-se vinho branco adamado ou tinto ligeiro.

Massas
Com massas, legumes, arroz e ovos servem-se vinhos brancos adamados ou tintos ligeiros.

Carnes vermelhas e caça
As carnes vermelhas e a caça, assadas ou guisadas ou em pasta (tortas recheadas, empadas), servem-se acompanhadas por vinho tinto encorpado. As carnes assadas também combinam com vinhos espumosos secos.

Carnes grelhadas
Com carnes grelhadas ou assadas (desde que sem molho) serve-se vinho tinto leve.

Chanfana
Um prato confeccionado com um determinado vinho serve-se sempre acompanhado pelo vinho utilizado na sua preparação.

Queijos
Com queijos fermentados (crus) servem-se vinhos tintos fortes. Queijos de pastas cozidas (tipo gruyére) pedem vinhos tintos mais leves. Com queijos frescos servem-se vinhos brancos suaves.

Doces
Com doces não alcoolizados servem-se vinhos doces brancos, espumosos doces ou ainda generosos doces e meio-doces. Com doces confeccionados com licores ou aguardentes, só devem servir-se as bebidas utilizadas na sua preparação.

Fruta
Com fruta nunca se servem vinhos.

Café
Com café devem servir-se aguardentes.

Fonte: lusowine

Peru com castanhas


As castanhas da Madeira são apreciadas pelo seu sabor adocicado, e podem servir de complemento na confecção de alguns pratos principais, nomeadamente de carne de porco e aves. A sugestão que deixo hoje, visto estarmos próximo do Natal, permite enriquecer o cardápio a apresentar aos familiares e amigos.

Ingredientes:

1 peito de peru (cerca de 600 gramas)
6 dentes de alho
1 c (sopa) de colorau
sal e pimenta (qb)
1 c (sopa) de azeite
3 dl de vinho verde
300 g de castanhas
erva-doce
1 cenoura
Passas

Começe por misturar os dentes de alho esmagados com o colorau, sal, pimenta, azeite e o vinho. Dê uns golpes ao longo da carne e regue com o tempero. Coloque num tabuleiro e leve a assar no forno a 200º C, regando periodicamente a carne com o molho. Descasque as castanhas e coza-as em água temperada com sal e erva-doce (pode utilizar castanhas congeladas). Sirva a carne cortada às fatias finas, acompanhada com as castanhas e a cenoura ralada, polvilhada com as passas.

Bom apetite!