sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

As qualidades da cenoura


A cenoura é conhecida por ser a "rainha dos vegetais", visto ser uma grande fonte de vitamina A, cujas necessidades diárias podem ser quase que totalmente supridas com apenas 100 gramas desse legume. Essa vitamina contribui para o bom estado da vista (daí dizer-se que faz os olhos bonitos), da pele e das mucosas. Além disso, a cenoura contém muitos sais minerais, como ferro (combate a anemia), fósforo, cloro, potássio, cálcio (ossos e dentes) e sódio, necessários ao bom equilíbrio do organismo, e vitaminas do Complexo B, que ajudam a regular o sistema nervoso e a função do aparelho digestivo.
A fibra da cenoura ajuda no trãnsito intestinal e na redução dos níveis de colesterol do sangue. A vitamina E, de que é também composta, evita danos nos tecidos e o ácido fólico permite um bom funcionamento dos sistemas imunitário, nervoso e cardiovascular.
Na Madeira, esta raiz é produzida em quantidades consideráveis, estando sempre disponível fresca no mercado. Pode ser consumida crua, cozida ou assada, em saladas, sopas, estufados, refogados, cremes, pastelaria, doçaria, etc.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rolo de carne com mozarela


A visita de amigos e/ou familiares para jantar não constitui problema. A sugestão que aqui apresento, para quatro pessoas, é das mais fáceis de confeccionar, económica e que vai agradar aos comensais, mesmo os mais exigentes. Acompanhe este prato com um Foral Grande Escolha, tinto, 2005, da Aliança Vinhos.

ingredientes:
800 g de carne de vaca moída
1 cebola
2 dentes de alho
100 g de azeitonas pretas sem caroço
1 ramo de salsa
1 ovo cozido
sal e pimenta q.b.
2 c. (sopa) manteiga
100 g de toucinho picado
100 g de queijo mozarela
50 g de pão ralado

Numa tigela envolva bem a carne com a cebola, parte da salsa, os dentes de alho, as azeitonas, o toucinho e o ovo picados. Tempere com sal e pimenta. Unte uma folha de alumínio com a manteiga e polvilhe com o pão ralado. Estenda a carne em toda a folha de alumínio e cubra com o queijo ralado. Enrole cuidadosamente a carne e disponha num tabuleiro , levando ao forno por 50 minutos a 200 ºC. Remova a folha de alumínio e sirva o rolo cortado às rodelas. Sirva com uma salada mista.

Dicas para renovar: Pode manter a mesma base da carne, mas adicionando ao queijo mozarela, 200 g de espinafres cozidos, temperados com azeite e alho picado, e um pimento vermelho cortado às tiras. Mantendo a mesma base, adicionando ovos cozidos inteiros e fatias de fiambre e queijo.
Pode ainda utilizar carne de porco moída, adicionando ao preparo uma cenoura cozida e massa de pimentão, num rolo recheado com ameixas secas, queijo mozarela e chouriço picado. Substitua o pão ralado por 50 g de bolacha de água e sal trituradas.

Sugestão de acompanhamento: No mesmo tabuleiro onde assa o rolo de carne, disponha 250 g de castanhas, 250 g de semilhas previamente cozidas e cogumelos inteiros, tirando assim proveito do molho da carne.

Bom apetite!

Pudim de Vinho Madeira


Não resisto em partilhar um doce. As sobremesas ganharam espaço na gastronomia, sobretudo a partir do século XIX, quando a confecção de doçaria se tornou uma prática corrente, depois de muitos anos ou fechada nos conventos, ou apenas acessível à realeza.

Ingredientes:
500 g de açucar
6 gemas
3 ovos
1/2 l de leite
1 dl de Vinho Madeira
1 c. (sopa) de farinha maisena

Derreta ao ponto de caramelo em lume brando cerca de 200 g de açucar, um pouco de água, mexendo sempre com uma colher de pau. Unte uma forma de pudim com o caramelo feito. À parte, misture as restantes 300 g de açucar com a maisena, adicione as gemas, os ovos, o Vinho Madeira e o leite. Mexa tudo bem e depois passe por um coador de rede fina. Deite o preparado na forma de pudim untada com o caramelo e leve cerca de uma hora ao forno a 160 ºC, em banho-maria. Desinforme quando arrefecer e guarde no frio até servir.

Sugestão: Para não se desmanchar o pudim deve ficar de um dia para o outro em repouso. Também ajuda molhar a base em água quente. Quando a cozedura é em banho-maria, deve repor-se a água, para que a temperatura se mantenha e o pudim coza de forma uniforme.

Bom apetite!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Bifes de atum com brócolos


As qualidades antioxidantes dos brócolos já aqui foram apresentadas e a sugestão que deixo é de fácil confecção e rica em nutrientes, visto o atum ser um peixe gordo, mas muito saudável. Trata-se de uma receita para duas pessoas, uma aposta que faço neste blogue. O prato pode ser acompanhado por um Visconde de Borba Branco DOC Alentejo 2006. Trata-se de um vinho baseado nas castas autóctones roupeiro, tamarês e rabo de ovelha, de cor citrina, aspecto brilhante, aroma e sabores a flores e frutos, ligeiramente acídulo. É ideal para acompanhar peixe, marisco e algumas carnes brancas. Deve ser servido a 10-12º C.

Ingredientes:

300 g de brócolos
2 bifes de atum
1 dente de alho
2 tomates-cereja
2 c. (sopa) azeite
1 c. (café) de vinagre balsâmico
sal, pimenta e oregãos q.b.

Começe por arranjar os brócolos, cortando-os ao meio e sem o talos. Coza-os em água temperada com sal. Pique o alho e os oregãos (de preferência frescos), coloque-os numa tigela, tempere com sal, azeite, vinagre e envolva os ingredientes e reserve. Tempere o atum com sal e pimenta, grelhe os bifes de ambos os lados. Corte os tomates ao meio e grelhe-os ligeiramente. Sirva o peixe com os legumes anteriores, regados com o molho de oregãos. Pode adicionar semilhas cozidas cortadas em quatro.

Bom apetite!

As qualidades dos brócolos


Os brócolos são dos vegetais mais ricos em substâncias antioxidantes, e poderão ajudar pessoas afectadas com a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que é, juntamente com o cancro e com as doenças cardiovasculares, uma consequência de hábitos como o tabagismo.
Um estudo publicado no “American Journal os Respitatory and Critival care Medicine”, investigadores norte-americanos referem os brócolos como ricos em certas substâncias capazes de regular a quantidade de componentes chave do sistema de defesa epitelial dos pulmões.
O brócolo está classificado como um alimento benéfico para o coração e para o cérebro, e pelo seu alto conteúdo de antioxidantes faz parte da lista de produtos com capacidade de ajudar na luta contra as doenças degenerativas.
As estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para o ano de 2030, apontam que a DPOC será a causa de 7,8 por cento de todas as mortes no mundo, apenas superada pelo cancro e pelas doenças cardiovasculares.
O tabaco é um dos maiores culpados pelo desenvolvimento e expansão desta doença degenerativa, e esta é a razão pelo que numerosas investigações vão dirigidas a encontrar um remédio que diminua a sua crescente prevalência.
O sulfurano poderá impedir o processo inflamatório dos tecidos danificados do pulmão.
Investigadores da “Johns Hopkins Medical School” descobriram que a severidade da DPOC em fumadores está ligada a uma diminuição de um tipo de antioxidantes presentes nos tecidos do pulmão, dependentes de uma substância chamada NRF, peça chave do sistema de defesa pulmonar frente à inflamação.
O motivo que relaciona os brócolos e a DPOC é o sulfurano, um potente antioxidante presente nesta verdura em quantidades suficientes como para impedir, em parte, o processo inflamatório dos tecidos danificados no pulmão.
Outro estudo, publicado pela revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" sugere que o consumo do vegetal pode ajudar a combater os efeitos da radiação ultravioleta provocada pelo sol.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Lasanha de carne


Já aqui apresentei a minha lasanha de peixe-espada, mas como fiz então referência, a mais confeccionada é a de carne. Como é bom saber, as massas são ricas em hidratos de carbono, que fornecem energia e resistência ao organismo. A sugestão que aqui deixo (para um tabuleiro médio e oito doses) garanto que vai agradar a todos, visto já a fazer há mais de 10 anos. Até agora ninguém apresentou qualquer escrito no livro de reclamações. Já agora, acompanhe esta receita com vinho tinto Monte das Ânforas, da Quinta da Bacalhôa, do empresário madeirense Joe Berardo.

1 kg de carne de vaca moída
2 cebola
3 dentes de alho
1 lata grande de tomate pelado
100 g de toucinho
1 dl de vinho branco
1 ramo de oregãos
14 folhas de lasanha fresca
200 g de queijo mozzarela ralado
0,5 l de molho bechamel
sal e pimenta q.b.

Refogue em azeite a cebola, os alhos e o toucinho picados. Depois junte a carne, os oregãos, envolva e regue depois com o vinho branco. Deixe evaporar um pouco e adicione o tomate pelado em pedaços. Tempere com sal e pimenta e deixe cozer por 10 minutos. Ligue o forno a 200 graus e pincele o tabuleiro com azeite. Começe por fazer uma camada de carne no fundo, seguindo-se a massa, alternando várias vezes. Pelo meio estenda por cima da carne um pouco de molho bechamel. Termine com uma camada de carne, estenda molho bechamel e polvilhe com o queijo ralado. Leve ao forno, baixando para 180 Cº decorridos durante pelo menos 30 minutos. Sirva com uma salada mista.

Duas notas: A massa fresca pode ser adquirida em qualquer grande superfície e a preços em conta, mas se optar pelas folhas de lasanha duras, escolha as pré-cozidas, facilitanto a confecção da lasanha. Substitua o tomate enlatado pelo tomate maduro, sem pele e sementes.

Uma sugestão: Pode fazer o molho bechamel na hora, seguindo os passos apresentados neste blogue. Consulte o arquivo.

Bom apetite!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Malassadas à D. Madalena


O carnaval madeirense é vivido intensamente pela população, nomeadamente pelos cortejos alegóricos um pouco por toda a ilha, organizado pelas casas do povo, juntas de freguesia e câmaras municipais. A Secretaria do Turismo aposta no cortejo de sábado à noite no qual desfilam pelas ruas do Funchal cerca de 1500 figurantes, num desfile que já constitui cartaz da Região. O tradicional carnaval "trapalhão" de terça-feira, cativa milhares de pessoas, pela sátira e crítica social que emprega. Em termos gastronómicos, falar de carnaval é sinónimo de malassadas. A sugestão que aqui deixo foi confeccionada hoje pela D. Madalena, para sobremesa do almoço dos funcionários do Jornal da Madeira. Uma delícia que deve ser regada com um fio de mel de cana de açucar produzido na fábrica do Ribeiro Sêco.

Ingredientes:
1 kg de farinha
1/2 kg de batata doce cozida
8 ovos
1/2 l de leite
2 c (sopa) de açucar
100 g de fermento de padeiro
2 c. (sopa) de Vinho Madeira
Raspa de meio limão
1 c. (chá) de sal

Envolva a farinha com o fermento bem desfeito em água morna e adicione a batata doce, previamente esmagada com um garfo. Acrescente o leite, sem parar de mexer e adicione um ovo de cada vez. Por fim o Vinho Madeira, o açucar, a raspa de limão e o sal. Bata tudo muito bem e deixe a massa levedar por meia hora. Aqueça o óleo e frite a massa às colheradas até alourar. Retire e coloque as malassadas sobre papel absorvente e sirva com mel de cana de açucar.

Bom apetite!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bolo de banana


Na recolha da doçaria madeirense, foi possível encontrar no concelho da Calheta, uma receita de bolo de banana, fruto tropical que abunda na costa sul da Madeira. As qualidades da banana já aqui foram distinguidas, razão pela qual, o melhor é mesmo deitar mãos à obra e confeccionar uma iguaria muito aprecidada nesta Região.

Ingredientes:
600 g de banana da Madeira (cerca de seis bananas)
300 g de farinha
400 g de açucar
250 g de manteiga
4 ovos
2 c. (chá) de soda
2 c. (chá) de fermento em pó
2 c. (chá) de sal fino

Esmague bem as bananas que devem ser maduras, com a ajuda de um garfo. À parte bata o açucar com os ovos até obter um preparado branco e fofo. Em seguida, adicione a manteiga derretida, a farinha, o sal, o fermento, a soda e, por fim, a banana esmagada. Envolva tudo muito bem e verta para uma forma previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha. Aquela o forno a 170 Cº. Deixe cozer cerca de 45 minutos. Ao fim desse período verifique se o bolo está cozido com o auxílio de um palito. Desenforme morno.

Bom apetite!

As qualidades da banana


A banana é talvez a fruta tropical mais popular em todo o mundo ocidental. Para isso, muito contribui o facto de poder ser cozinhada ou consumida em cru, ser fácil de descascar, não ter sementes nem caroço, ter sabor e aroma muito agradáveis e ainda excepcional valor nutricional.
Curiosamente, a bananeira não é uma árvore, mas sim uma erva gigante. O caule é um rizoma subterrâneo e a parte aérea é constituída quase exclusivamente por folhas. As baínhas das folhas formam um pseudocaule onde está o cacho de frutos. Todas as bananeiras hoje cultivadas são híbridos de duas espécies e reúnem-se em dois grupos, os da bananeira-pão e os da bananeira-fruta.
Uma só banana fornece 16 por cento da fibra que necessitamos diariamente. Fornece ainda 15 por cento de toda a vitamina C e 11 por cento do total de potássio. Mas a banana não se fica por aqui. Possui ainda algum magnésio, ácido fólico e ferro.
A sua riqueza em minerais e fácil digestão leva muitos desportistas a preferi-la quando as competições se prolongam durante várias horas. O potássio presente na banana ajuda a contracção muscular, a transmissão dos impulsos nervosos e a regular o balanço hídrico. Uma banana de tamanho médio (120 g.) contém cerca de 475 mg. de potássio. Não admira por isso, ver diversos campeões, de banana em punho, ao longo das suas provas.
Por não conter praticamente gordura e proteína, a banana torna-se a companhia ideal dos pequenos almoços. Com leite e cereais constitui uma refeição muito completa, equilibrada e extremamente fácil de preparar.
A bananeira foi introduzida na Madeira em meados do século XVI, tendo-se espalhado aos poucos por toda a ilha, no entanto, é na costa sul que se nota uma maior produção, nomeadamente nos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Calheta.
Viva pois a banana, que nos lembra ser possível misturar prazer e saúde à mesa e ainda... sol amarelo em dias de cinza.

Fonte: ICV/MF

Sopa de maçaroca e feijão


As sopas fazem parte do receituário tradicional madeirense, e a sugestão que aqui apresento, faz parte da recolha realizada pela Confraria Gastronómica da Madeira e publicada no seu livro "Sabores", da autoria de Júlio Pereira. A sopa de maçaroza e feijão é um prato tradicional da Ponta do Sol e é de fácil confecção, podendo ser servida como prato principal.

Ingredientes:
200 g de semilhas
1/2 couve
150 g de pimpinela
150 g de cenouras
3 cebolas
300 g de carne de porco salgada
100 g de feijão maduro
2 maçarocas
sal q.b.

Demolhe a carne de porco por três horas para retirar o sal. Coloque-a cortada em pedaços num tacho com água, juntamente com o feijão, a cenoura aos pedaços e as maçarocas partidas às rodelas. Leve ao lume e deixe cozer por 20 minutos. Passado esse tempo junte as pimpinelas em gomos, as semilhas aos cubos e a couve em pedaços grosseiros. Deixe a sopa ferver por mais 40 minutos e antes de servir rectifique os temperos.

Bom apetite!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Bifes de atum


O atum é um dos peixes que mais motiva os pescadores madeirenses a passarem temporadas em alto mar, visto poder ser vendido fresco ou em conserva. A sua carne gorda, branca ou rosada, possui uma consistência firme. Por ser um peixe de grandes dimensões pode ser adquirido à posta (excelente para assar, cozer ou salpresar) ou pedir para ser cortado em bifes, que constitui uma iguaria deliciosa e muito apreciada na gastronomia madeirense. A sugestão que aqui deixo é de simples e rápida confecção.

Ingredientes:

800 g de atum fresco
2 dentes de alho
2 colheres (sopa) manteiga
2 cebolas
1 folha de louro
1/2 dl de vinho branco
sal e pimenta q.b.

Tempere os bifes de atum com sal, pimenta, os alhos picados e regue com o vinho branco. Numa frigideira derreta a manteiga e junte o molho da marinada, a cebola cortada às rodelas finas e a folha de louro. Depois da cebola alourar, sem queimar, adicione os bifes de atum, tendo o cuidado de os voltar para que fiquem cozinhados de ambos os lados. Sirva com semilha cozida e/ou milho frito e uma salada de alface e tomate.

Bom apetite!

As qualidades do peixe


A utilização do peixe na alimentação do homem perde-se na memória dos tempos. Os baixos-relevos egípcios revelam pescadores a puxar pescado para terra ou a preparar a salga. Na Antiga Grécia, não havia festa sem pelo menos, um prato de peixe. Também na Antiga Roma, as pessoas de gostos requintados não se contentavam com os peixes habituais e exigiam para a sua mesa fígado de douradas, leite de moreias e peixes exóticos. Na época medieval o consumo do peixe diferenciava as classes sociais. Os de água doce continuavam a ser o alimento das classes mais abastadas e o restante pescado, mais para o povo, era muito apreciado durante as épocas de jejum e abstinência. O grande consumo por parte do clero era resultado das prescrições religiosas, cujas ementas nos conventos e mosteiros do século XII evidenciam diversos modos de preparação e confecção.
Hoje, o peixe é um alimento indispensável para uma alimentação correcta e equilibrada, visto ser rico em proteínas, vitaminas e sais minerais e, de um modo geral, pobre em gorduras. É um bom aliado para quem estiver a seguir uma dieta de emagrecimento, dado ser rico em nutrientes e de baixo teor calórico. Além disso, permite a confecção de iguarias únicas, dando um brilho gastronómico, ao país, em geral e à Madeira, em particular.
Na compra do peixe deve ter em atenção alguns aspectos, visto que a sua qualidade passa pela sua frescura. Quando realmente fresco, algumas horas depois de pescado, tem os olhos transparentes, gelatinosos e salientes, com o corpo firme, resistente à pressão dos dedos, a pele luzidia e as escamas brilhantes, húmidas e bem ajustadas umas às outras e aderentes à pele. A guelra tem uma tonalidade vermelho-viva.
Compre de preferência o peixe inteiro e peça para cortar em filetes ou de outra forma. Se optar por comprar cortado avalie bem.
Se comprar peixe congelado, leve em linha de conta que não deve estar nessa condição, mais do que três meses, e verifique se apresenta uma cor clara e se não contém cristais de gelo. O cheiro deve ser suave e natural como se fosse fresco.
Como o peixe detiora-se mais depressa do que a carne, deve ser cozido no próprio dia ou no dia seguinte à compra. Por exemplo, a cavala estraga-se mais rápido do que o peixe-espada, por ser mais oleoso e ficar rançoso.

O Bolo de Mel - ex libris da Doçaria Madeirense


É um dos mais apreciados doces da gastronomia madeirense e agora está em livro. A Associação Cultural Memórias Gastronómicas, fundada em 2006, fez um levantamento sobre o Bolo de Mel e apresenta-o em 'O Bolo de Mel - Ex Libris da Doçaria Madeirense', um livro que vai para além deste produto, bastante apreciado nesta época. O livro, compilado pelo historiador João José Abreu de Sousa, traça um quadro da Madeira antiga, reúne uma abordagem histórica à ilha, na vertente da gastronomia, com especial incidência na economia e na indústria açucareira. É também um veículo para a apresentação de receitas, as do convento de Santa Clara e de particulares, cujo objectivo é também divulgar a riqueza e manter as receitas ancestrais por outras gerações. "Este livro é mais do que um documentário material ao longos destes séculos pois evoca toda a nossa linguagem sentimental e espiritual com os produtos da terra e que temos de os transformar numa linguagem mnemónica, sensível e civilizacional, e que traz a cada um de nós, habituados desde tenra idade a conhecê-los nas cozinhas dos nossos pais, um rol de emoções a que mão são alheios, sem dúvida o toque e o cheiro que esses produtos têm, aos quais se juntava a cor e o gosto do genuíno mel de cana de açúcar da ilha que envolvia esses mesmos produtos e o tempo... por aqui se vê que 'bolo de mel', para um madeirense, é sempre 'bolo de mel de cana de açúcar'!", refere João Dionísio nas primeiras páginas da obra, lançada com o apoio da Direcção Regional dos Assuntos Culturais. A história do mel de cana e do açúcar, o papel dos próprios doces no quotidiano, os rituais à mesa e a preparação e apresentação da comida que entrava na dieta dos madeirenses são ali tratados, juntamente com a definição do quadro económico e social da Madeira de então. Os engenhos, a lenha, a colheita das canas e os impostos também entram nesta obra que fala do Funchal dos séculos XV e XVI, da revolução do doce, que permitiu à generalidade da população desfrutar de um prazer até então reservado a uma minoria. O poder de conservação do mel de cana foi uma das razões que o tornaram precioso e a exportação dos doces também ficou na História. Nas receitas de referência do Bolo de Mel encontram-se duas do Convento de Santa Clara, o primeiro convento feminino da ilha da Madeira: uma do século XV - XIX e outra do Séc. XIX. Da primeira para a segunda foi introduzida a soda, que fez passar o tempo de fermentação de três para dois dias. Desta última para a receita do Séc. XX recolhida e também apresentada na obra foi incluído o leite. Segundo este livro, o Bolo de Mel foi criado na Madeira "em honra à grande Festa da Família que é o Natal". O facto de ser um bolo difícil de fazer por uma única pessoa incentivava a reunião familiar para a sua preparação. O livro tem uma primeira edição de mil exemplares. Está à venda no primeiro andar do Mercado dos Lavradores em A Tágide - espaço de gastronomia conventual e inter-secular.

Um pouco da sua história publicada na obra

“[…]O bolo de mel de cana-de-açúcar surgiu, assim, com naturalidade, no sossego claustral do convento de Monchique, cruzando-se os ensinamentos culinários de Portugal com o exotismo árabe-berbere.
Referem velhas crónicas Franciscanas que frei Jordão do Espírito Santo, no remoto século XV navegou para a Madeira, numa ágil caravela trazendo com ele a sabedoria do bolo de mel. Uma vez, no Funchal, no natural intercâmbio de mimos, entre os conventos a notável receita, precedida de deliciosos exemplos vivos do delicioso manjar, tornou-se conhecido das freiras franciscanas do Convento de Santa Clara.[…]”
“ […] juntaram ao bolo algumas requintadas especiarias, com destaque para o cravinho, naturalmente doseado com angélico pudor já que se trata duma especiaria bem afrodisíaca […]”
“[…] partido à mão, o bolo de mel madeirense é bem acompanhado por um fino e velho vinho Madeira[…]”

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Arroz de marisco


Entre a variedade de pratos, o arroz de marisco era o que faltava neste blogue. Na Madeira, podemos encontrar todo o tipo de mariscos, daí que, um pouco por toda a ilha, sobretudo junto à costa, não faltem restaurantes especializados na confecção de peixe e marisco. Contudo, a receita que aqui apresento, é para ser feita em casa, sem pressas e para convidar amigos ou familiares à sua degustação. Acompanhe com um vinho branco leve, acídulo ou com vinho verde branco.

Ingredientes:
300 g de camarão
500 g de mexilhão
500 g de amêijoas
50 g de ervilhas
2 dl de vinho branco
4 dentes de alho
1 cebola grande
2 c. (sopa) de margarina
2 tomates maduros
sal e pimenta q.b.
1 folha de louro
300 g de arroz
1 ramo de salsa

Coza o camarão em meio litro de água fervente temperada com sal, durante cerca de cinco minutos. Depois de cozido, retire a panela do calor e filtre o caldo. Descasque o camarão e reserve ambos. leve ao lume o mexilhão e a amêijoa, juntamente com o vinho branco e dois dentes de alho picados. Tape e cozinhe até as conchas começarem a abrir. Retire do lume e elimine as cascas, deixando alguns inteiros para a decoração. Refogue a cebola e os restantes dentes de alho picados na margarina, adicione o tomate aos pedaços, limpo de peles e sementes. Tempere com a pimenta e a folha de louro e regue com o caldo dos bivalves. Assim que levantar fervura, incorpore o arroz. Deixe ferver novamente, regue com o caldo do camarão e adicione as ervilhas. Tempere com sal e pimenta e cozinhe, em lume brando, durante cerca de 10 minutos, com panela tapada. No final, encolva o camarão e o miolo da amêijoa e o mexilhão. Polvilhe com a salsa picada e sirva de seguida.

Sugestão: Pode comprar o camarão cozido e o miolo da amêijoa e do mexilhão. Para fazer o caldo, ferva as cabeças dos camarões por cinco minutos e coe.

Bom apetite!

As qualidades do arroz


O arroz contém fósforo, um mineral que facilita o trabalho intelectual, e potássio, que acalma os nervos e relaxa os músculos. É o alimento básico para mais de metade da população mundial. Pode ser a base do prato mais simples e humilde ou pode converter-se numa festa para os sentidos e para o estômago.
A verdade é que existe uma enorme variedade de pratos com arroz, tal como pode ver neste blogue, confeccionados como acompanhamento ou com peixe, mariscos, carne e legumes.
Na nossa dieta é protagonista indiscutível, pois enquanto coze, em média 15 a 18 minutos, prepara-se rapidamente um complemento para uma refeição completa.
A versatilidade do arroz une-se a outra vantagem, que é o seu preço reduzido. Desta forma, pode combiná-lo com outros ingredientes menos económicos sem arruinar o seu pressuposto. Tem ainda outra vantagem: quando se trata de fazer comida para um "batalhão", não restam dúvidas, visto ser um prato perfeito para a bolsa e para agradar e saciar a todos.
Há uma variedade de arroz pelo que a sua cozedura também pode ser variável. Os tempos normais de 15 a 18 minutos vão para o arroz de grão largo, grão curto-médio e basmati. Para o arroz integral e selvagem o tempo varia entre os 45 e os 50 minutos. Finalmente, o arroz instantãneo coze entre 4 a 7 minutos.

Frango com cerveja preta


A cerveja Coral produzida na Madeira desde 1872, tem características únicas e continua a ser a preferida dos madeirenses. A minha sugestão permite a utilização da cerveja (neste caso a Coral Tónica) para fins culinários, o que enriqueçe o pitéu que lhes apresento e espero que gostem.

Ingredientes:
1 frango
2 cebolas médias
2 dentes de alho
1 dl de azeite
1 folha de louro
1 tomate
100 g de cogumelos
1 cerveja preta
1 ramo de salsa
sal e pimenta q.b.

Parta o frango em pedaços, lave bem a carne e reserve. À parte, pique as cebolas e os alhos e refogue-os no azeite, juntamente com o louro. Assim que a cebola alourar, junte o tomate picado, sem pele nem sementes, os cogumelos cortados e o frango, tempere com sal e pimenta e envolva bem. Junte depois a cerveja e deixe cozinhar em lume brando. Quando o frango estiver cozido, junte a salsa picada e sirva com puré de batata ou arroz.

Bom apetite!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mousse dos namorados


Há quem diga que os doces são pecados menores e prazeres maiores, daí que um pequeno e doce pecado é, muitas vezes, a designação atribuída à sobremesa. Os doces, quando consumidos com moderação, podem ser uma fonte de vitaminas, minerais e hidratos de carbono, visto muitas receitas serem preparadas com frutos e produtos lácteos. Para o dia dos namorados, deixo mais uma sugestão para ser degustada a dois, com muito amor e carinho.

Ingredientes:
100 g de chocolate negro
1 c. (sopa) de margarina
2 c. (sopa) de café
2 c. (sopa) de licor de café
4 ovos
50 g de açucar
sal q.b.

Parta a tablete de chocolate em quadradinhos, junte-lhes a margarina, o café e o licor e leve a derreter em banho-maria ou no microondas. Enquanto derrete, não mexa o chocolate para não criar grumos. Bata a gemas com o açucar até obter um creme bem fofo. Quando o chocolate estiver derretido, mexa então e junte-lhe a gemada, misturando bem. Bata as claras em castelo bem firme com uma pitada de sal e envolva cuidadosamente no creme anterior. Deite a mousse em duas taças, se possível em forma de coração e leve ao frigorífico. Sirva a mousse bem fresca e nessa altura enfeite-a com beijinhos de chantilly.

Bom apetite e muito amor!

Bifes de S. Valentim


É um facto que no dia dos namorados, os restaurantes estão cheios e muitas vezes os menús não correspondem às expectativas. Além disso, a privacidade constitui um elemento importante para comemorar um dia especial. Assim, proponho uma vez mais uma refeição a dois, feita com muito amor e carinho, para ser saboreada sem pressas.

Ingredientes:
2 bifes de novilho
dois dentes de alho
1 c. (sopa) de margarina
1 cálice de whisky
1 dl de natas
1 c. (chá) de mostarda
Tabasco q.b.
sal e pimenta q.b.

Numa frigideira derreta um pouco da margarina e leve a fritar algumas rodelas de alho. Quando começarem a alourar, junte os bifes. Frite a carne rapidamente de ambos os lados. Tempere só agora com sal e com a pimenta moída grosseiramente. Retire os bifes da frigideira, deite um pouco mais de margarina e deixe derreter. À parte, misture o whisky com a mostarda e algumas gotas de tabasco. Deite na frigideira e deixe ferver. Adicione as natas e, quando voltar a ferver, junte de novo os bifes. Rectifique de sal. Deixe cozinhar, agitando a frigideira até a carne estar no ponto e o molho ficar espesso. Sirva com arroz, brócolos e cenoura cozida.

Como sugestão, em vez de arroz, asse duas semilhas grandes com casca, envoltas em papel de alumínio, depois abra-as com uma faca bem afiada e com a ajuda de uma colher retire uma boa parte da polpa. Misture esta polpa com manteiga, um pouco de natas, e duas gemas de ovo. Tempere com sal, pimenta e noz moscada. Bata as duas claras em castelo e junte-as ao preparado anterior. Com este preparado, encha bem o interior das semilhas e leve de novo ao forno bem quente, durante 10 a 15 minutos, até ficarem douradas. Retire o papel de alumínio e coloque-as no prato.

Bom apetite e muito amor!

Frango à antiga


Estufada, assada, guisada, frita, grelhada, a carne de aves tem a vantagem de ser saborosa e pobre em gorduras. Este tipo de carne é uma das mais saudáveis e essenciais na nossa alimentação, mas deve ser bem cozinhada. São incontornáveis os pratos de aves que fazem parte do acervo gastronómico mundial. Mais ou menos famosos, são verdadeiras referências a que recorrentemente voltamos... com prazer. A sugestão que aqui apresento é um prato típico que pode ser encontrado em diversos restaurantes regionais e nacionais, mas em casa tem outro sabor.

Ingredientes:
1 frango do campo
1 c. (chá) de colorau
1 dl de vinho branco
3 dentes de alho
2 cebolas
1 dl de azeite
1/2 chouriço
100 g de toucinho
1 cenoura
4 dl de caldo de galinha
200 g de arroz
1 ramo de salsa
1 c. (sopa) de vinagre
sal e pimenta q.b.

Corte o frango em pedaços e tempere com sal, pimenta, o colorau e o vinho branco. Corte os alhos e a cebola finamente e refogue no azeite, junto com o chouriço e o toucinho em pedaços. Acrescente o frango e deixe alourar um pouco. Junte a cenoura em pedaços e metade do caldo. Deixe estufar durante 35 minutos. Decorrido esse tempo, adicione o restante caldo e o arroz. Envolva e deixe cozer por mais 10 minutos e acrescente a salsa picada. Rectifique os temperos, retire do lume e mantenha a panela tapada durante alguns minutos. Envolva o vinagre e sirva.
Sugestão: sirva num tacho de barro para manter o calor.

Bom apetite!

Filetes de peixe-espada com delícias

A sugestão é de fácil confecção e pode ser feita em qualquer altura do ano, visto o peixe-espada estar sempre disponível nas peixarias da Madeira. Aconselho a comprar o peixe fresco e já cortado em filetes.

Ingredientes:
8 filetes de peixe-espada
1 embalagem de delícias do mar
2 cebolas
1 dl de azeite
1 c. (sopa) de vinagre
2 ovos cozidos
2 c. (sopa) de salsa picada
Sumo de 1 limão
1 folha de louro
Sal e pimenta q.b.
50 g de farinha

Tempere os filetes de peixe-espada com sal, pimenta e o sumo de limão e reserve. Pique bem as cebolas e refogue no azeite com o louro. Tempere com sal e pimenta, junte o vinagre, mexa e retire do lume. Coloque em cima de cada filete duas delícias do mar previamente descongeladas, enrole e segure com um palito. Passe os filetes pela farinha e leve-os a fritar em óleo até ficarem bem douradinhos de ambos os lados. Deixe escorrer bem os rolinhos em papel absorvente. Coloque-os depois numa travessa e cubra-os com o preparado da cebola, os ovos cozidos e a salsa bem picados. Sirva os filetes com semilhas cozidas (ou em puré) e legumes ou salada verde.

Bom apetite!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Saúde: uvas contra o cancro


O resveratrol, uma substância que se encontra na pele das uvas e cujos benefícios são conhecidos, desde há anos, na prevenção de problemas vasculares, demonstrou também poder contribuir para a prevenção do cancro. Um estudo da Universidade de Illionois, em Chicago, nos Estados Unidos, com cultivos celulares e cobaias de laboratório, o resveratrol previne a aparição do cancro e, se este já existe, trava a sua progressão.
O propósito da investigação é criar fármacos para prevenir o cancro, que ao nível da Região Autónoma da Madeira regista por ano cerca de 700 novos casos.
O resveratrol, que se encontra em mais de 70 espécies vegetais, abunda na pele da uva e, menor quantidade, nos amendoins e nas amoras. O vinho também contém resveratrol, especialmente o tinto, já que a sua fermentação se faz juntamente com as peles das uvas. Esta pode ser a razão pela qual sempre se afirmou que um copo de vinho por dia contribui para diminuir o risco de enfarte.
Assim, uma medida saudável seria beber um copo de vinho tinto às refeições, ou introduzir as uvas na dieta diária, para prevenir tanto as doenças cardiovasculares como as doenças oncológicas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Arroz de polvo


Tal como acontece com o bacalhau e com o peixe-espada, existem dezenas de pratos que se podem fazer com o polvo. Molusco cefalópode, o polvo é rico em proteínas e fósforo. A sugestão que aqui deixo é de fácil confecção e é muito apreciado na Madeira.

Ingredientes:

1 polvo médio (1,2 kg)
2 cebolas
2 folhas de louro
3 cenouras
1/2 dl de azeite
3 dentes de alho
1 dl de vinho branco
300 g de tomate pelado picado
1 c. (sopa) de concentrado de tomate
1 c. (sopa) de salsa picada
250 g de arroz
2 c. (sopa) de pimento vermelho picado
2 c. (sopa) de pimento amarelo picado
sal e pimenta q.b.

Coza o polvo em água com sal, uma cebola e uma folha de louro cerca de 45 minutos. Se utilizar uma panela de pressão coza por 20 minutos. Entretanto, refogue no azeite os dentes de alho e a restante cebola, ambos bem picados. Junte o louro e refresque com o vinho. Junte-lhe o tomate picado e o concentrado, metade da salsa e um pouco de caldo da cozedura do polvo. Corte o polvo em pedaços e junte-lhe ao refogado. Adicione em seguida o arroz e a cenoura cortada em pedaçinhos. A meio da cozedura do arroz (cerca de 10 minutos) acrescente os pimentos. No final polvilhe com a restante salsa e sirva.

Bom apetite!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Jantar de Namorados


O Dia dos Namorados está à porta e não há como um jantar a dois para animar a alma, aquecer a paixão e fortalecer o amor. Deixo aqui sugestões para entrada, prato principal e sobremesa, sempre com uma boa dose de carinho. Para acompanhar, um bom vinho tinto alentejano - Vinha do Almo, Escolha, 2006, da Herdade do Perdigão. Sem esquecer a decoração e as velas.
Finalmente, um pensamento deixado por karol Wojtyla, o papa que mais escreveu sobre o amor e responsabilidade. "O amor, no seu conjunto, não se reduz à emoção nem ao sentimento, que não são senão alguns dos seus componentes. Um elemento mais profundo, e de longe o mais essencial de todos, é a vontade, que tem o papel de modelar o amor no homem. Na amizade - ao contrário do que sucede na simpatia - a participação da vontade é decisiva".



Entrada:
Rolinhos de presunto e queijo

Ingredientes:
100 g de presunto cortado fino
100 g de queijo fresco do Santo da Serra
3 nozes
2 c. (de sopa) de azeite
1 c. (de chá) de salsa picada
2 folhas de alface
sal e pimenta q.b.

Numa tigela misture bem o queijo fresco com as nozes e a salsa picada, uma pitada de sal e pimenta e o azeite. Estenda as fatias de presunto e distribua uma colher do preparado no centro de cada uma, enrole e prenda com um palito. Coloque das folhas de alface cortadas numa travessa pequena de servir e coloque por cima os rolinhos de presunto e queijo. Tempere com um fio de azeite e polvilhe com uma pitada de pimenta e sirva.

Prato principal:
Peito de frango com creme

Ingredientes:
2 peitos de frango
1/2 cebola
1/2 cálice de Vinho Madeira seco
1/2 copo de natas
1 c. (de sopa) de manteiga
1/2 copo de caldo de galinha
sal e pimenta q.b.

Corte os peitos de frango ao meio, obtendo quatro bifinhos e tempere-os com sal e pimenta. Num tacho aqueça as natas sem deixar ferver com o caldo de galinha. Numa frigideira refogue a cebola picada com a manteiga, junte depois os bifinhos de frango deixando alourar dos dois lados. Regue com o vinho e deixe evaporar. Deite as natas quentes sobre o frango. Tape e coza em lume brando cerca de cinco minutos. Deixe repousar por um instante antes de servir com puré de batata e bróculos cozidos.

Sobremesa:
Batido de iogurte e framboesas

Ingredientes
100 g de framboesas
2 iogurtes naturais
1 c. (de sopa) de mel
Folhas de hortelã para decorar

Limpe as framboesas e reserve algumas para decoração final. Introduza as restantes num copo triturador com os iogurtes, o mel e dois cubos de gelo. Bata durante um minuto, coe num passador de rede larga e divida o batido em duas taças individuais. Decore cada uma com as framboesas que reservou e uma folhinhas de hortelã. Deixe por uns instantes no frigorífico antes de servir.

Bom apetite e muito amor!

Coelho do Porto Santo


Escrever sobre gastronomia madeirense sem referir o Porto Santo é uma falha que deve ser imediatamente corrigida neste blogue. Em termos gastronómicos, o Porto Santo não difere muito da Madeira, contudo, há alguns pratos tradicionais que faço questão de divulgar. A sugestão que apresento mereceu da Confraria Gastronómica da Madeira o devido destaque na sua publicação.

Ingredientes:

1,2 kg de coelho
3 cebolas picadas
5 dentes de alho
2 c. (de sopa) de banha
2 dl de vinho do Porto Santo
1 folha de louro
3 tomates
1 c. (de chá) de colorau
1 pimenta da terra
sal q.b.

Começe por cortar o coelho em pedaços. Depois tempere com sal, pimenta, os alhos, o louro e o vinho e deixe marinar por duas horas. Passado esse tempo, coloque a banha numa panela e leve ao lume. Quando estiver bem quente refogue um pouco o alho. Depois adicione a cebola e quando estiver douradinha junte o tomate picado. Acrescente o coelho escorrido e deixe estufar um pouco. Depois refresque com a marinada e deixe cozinhar em lume brando, por 45 minutos. Durante a cozedura se necessário adicione um pouco de água. Sirva acompanhado de arroz branco ou semilhas cozidas.

Bom apetite!