terça-feira, 3 de março de 2009

O pequeno-almoço


Todos os nutricionistas aconselham que devemos começar o dia com uma refeição, a que denominamos de pequeno-almoço (expressão que lhe retira importância), sendo a melhor forma de restabelecer os níveis de energia, aumentar a concentração, além de elevar o sentido de humor e bem-estar. Hoje, face à corrida contra o tempo matinal, seja na preparação dos filhos, do trânsito, da distãncia do local de trabalho, entre outros factores, muitas pessoas generalizaram o hábito de não tomar o pequeno-almoço em casa. Nada mais errado.
Cabe a esta importante refeição, que os nutricinistas preferem chamar, e bem, de primeiro-almoço, abastecer o corpo de nutrientes necessários para as primeiras horas do dia. Está cientificamente provado que o pequeno-almoço contribui para a manutenção de um peso e metabolismo saudáveis e é importante para atingir as doses diárias recomendadas de alguns nutrientes.
Acordar sem apetite pode traduzir um mau funcionamento digestivo, nomeadamente vesícula preguiçosa, vermes intestinais, ingestão nocturna excessiva ou, tal como referi anteriormente, a falta de hábito.
Os nutricinistas alertam para o facto do pequeno-almoço ser importante em todas as idades, esta refeição é fundamental nas crianças, dado que contribui decididamente para a concentração e a um melhor desempenho intelectual.
Por outro lado, esta constitui a primeira refeição depois de muitas horas em jejum, que regra geral vão até às oito horas. Como se sabe, mesmo em repouso, o nosso organismo gasta energia para realizar acções fundamentais à manutenção da vida, daí a necessidade de regular a glicemia (açucar no sangue) após o jejum de muitas horas.
A investigação refere que para prevenir que essa diminuição chegue a uma situação de hipoglicemia o organismo possui mecanismos que a evitam. No entanto, fá-lo com recurso, principalmente, às reservas de glicogénio (uma das formas de armazenamento dos hidratos de carbono).
Por isso, os primeiros alimentos do dia são importantes para restabelecer os níveis de glicemia e as reservas de glicogénio fundamentais para o fornecimento de energia.
Pode parecer contraditório, mas a verdade é que após um jejum prolongado deve-se evitar ingerir alimentos doces ou ricos em açucares simples.
Muitas pessoas optam por tomar o pequeno-almoço numa pastelaria, próxima do local de trabalho, contudo acaba por consumir, normalmente a mesma coisa: café, bolo ou sandes. Desta forma absorve elevadas quantidades de açucares simples ou gorduras.
Por outro lado, se saltar o pequeno-almoço sentirá fome muito mais cedo e comerá antes do almoço sendo que, geralmente, as escolhas nestas alturas acabam também por recair em alimentos ricos em açúcar e gordura. Esta situação afecta todo o seu dia alimentar através da desregulação dos horários das refeições, das quantidades e tipo de alimentos ingeridos.
Assim, aconselho ao pequeno-almoço a ingestão de pão integral ou cereais pouco refinados (hidratos de carbono e ricos e fibras), café ou chá (verde é excelente por conter cafeína e ser antioxidante), leite ou derivados em dose adequeada (iogurte, queijo, manteiga), fruta ou sumo natural.
O consumo destes minerais lacticínios, cereais pouco refinados ou integrais e fruta, ajudam a atingir as doses diárias recomendadas de vitaminas, minerais, cálcio e fibra. Por outro lado, permite ter mais um agradável momento em família, contribuindo para educar os filhos no que respeita às escolhas alimentares para atingir uma alimentação saudável.
Com os problemas relacionados com a obesidade infantil, esta forma de educar os filhos pela alimentação saudável, começa em casa e ao pequeno-almoço.

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