sábado, 26 de dezembro de 2009

Promoção de Vinho Madeira no aeroporto e no porto do Funchal


O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira
promove uma acção de promoção entre os dias 28 e 31 de Dezembro
com intuito de posicionar o Vinho Madeira associando-o a um
estilo de vida madeirense requintado e festivo, sugerir a oferta
e o seu consumo durante esta época festiva.
Esta acção orientada para o público constituído por turistas que
visitam a Região decorrerá até ao final do ano, na zona das chegadas
do Aeroporto Internacional da Madeira junto à exposição Vinho e
Bordado Madeira que está patente naquela infra-estrutura desde Maio
do corrente ano.
Ali terá lugar uma recepção de boas vindas, durante a qual
os visitantes poderão degustar um Vinho Madeira.
Serão igualmente distribuídos postais de fim de ano, contendo
uma breve informação sobre o Vinho Madeira e algumas sugestões sobre boas
combinações e experimentar, bem como brochuras sobre o Bordado Madeira.
Durante o mesmo período será distribuído o mesmo material promocional junto dos
cruzeiros que chegam ao Porto Funchal.
Em termos de consumo de Vinho Madeira no mercado regional, o total consumido
é de cerca de 531.304,25 litros, representando cerca de 3.831.450,42 euros.
O mercado regional representa cerca de 16% do total de consumo de Vinho Madeira,
assumindo-se como um mercado muito importante para o produto, assim como, é
o produto tradicional que maior expressão tem na economia regional.

Mostra de Iguarias da Fajã do Penedo reaviva outros "natais"


Na freguesia de Boaventura, em São Vicente, Madeira, as iguarias da quadra de Natal são divulgadas numa mostra que tem lugar no adro da igreja da Fajã do Penedo que vai integrar o roteiro gastronómico daquele concelho.
A Mostra de Iguarias de Natal da Fajã do Penedo é uma realização da Casa do Povo da Boaventura com a finalidade de preservar usos e costumes ancestrais gastronómicos daquele sítio.
A Fajã do Penedo é uma localidade da freguesia da Boaventura, no interior do concelho de São Vicente, que durante muitos anos esteve afastada dos centros administrativos, uma situação que levou a respectiva população a idealizar, com antecedência, todos os preparativos para o período de Natal.
Por não ter à mão as facilidades que a cidade oferecia na oferta de produtos, a população local passou então a produzir, com antecedência e com base nos frutos da sua terra, as iguarias - licores diversos, broas, bolos variados e particularmente o de mel, a carne vinha d'alhos, a canja de galinha, de animais criados domesticamente - com que brindavam o Natal.
Esta mostra, que já vai na quarta edição, constitui um reavivar de uma tradição e uma atracção que faz deslocar à Fajã do Penedo muitos forasteiros para, em redor das barracas levantadas no largo comunitário, com a igreja na proximidade e o verde das montanhas ao fundo, saborear estas produções domésticas, numa iniciativa da Casa do Povo da Boaventura e apadrinhada pela Câmara Municipal de São Vicente.
"A Câmara vai aproveitar as ideias da Casa do Povo e vamos provavelmente dentro de um a dois anos integrar todos estes eventos num roteiro culinário do concelho", explica Jorge Romeira, presidente da autarquia de São Vicente.
"Queremos manter a nossa identidade própria, os produtos da terra que as pessoas usavam no Natal, muitos deles usados derivados do afastamento dos grandes sítios o que obrigava as pessoas a fazer em casa os seus licores, os seus bolos e toda a sua alimentação de Natal", recorda.
Jorge Romeira considera que toda esta actividade gastronómica expressa "uma memória colectiva": "nós podemos andar pelo mundo inteiro mas temos a nossa memória cultural sempre aqui e é essa memória que vamos preservar".
O presidente da Casa do Povo da Boaventura, Robert Santos, afiança que a Mostra de Iguarias de Natal "é uma aposta ganha e é para continuar".
"São as pessoas simples que dedicam todo o seu tempo e trabalho para que tudo corra bem", conclui.
As diversas iguarias, o pão caseiro, a poncha (bebida típica madeirense feita com aguardente, limão e mel de abelhas) e os licores são apreciadas ao som de grupos de folclore e de música tradicional que emprestam à iniciativa uma certa ruralidade.

Bolo de mel é "ex-libris" da doçaria madeirense


O bolo de mel da Madeira, feito à base de farinha, mel de cana sacarina e especiarias, constitui umas das iguarias mais apreciadas da doçaria madeirense, em particular no Natal, calculando-se que existam mais de 200 receitas diferentes.
Confeccionado ao longo do ano em pastelarias e confeitarias da Madeira, o bolo de mel adquire um sabor tradicional quando feito em casa, com recurso a receitas que remontam aos primórdios da colonização da ilha, no século XV.
Entusiasta da confecção anual de bolos de mel, Cristina Marta, 38 anos, educadora de infância, abriu-nos a porta da sua casa e demonstrou como se faz a iguaria que constitui o "ex-libris" da doçaria da Madeira.
A receita de bolo de mel é antiga, tem cerca de 200 anos e está escrita à mão num pequeno caderno de cozinha, que apenas é aberto para ocasiões especiais e quando a memória falha.
Desta vez, Cristina Marta optou por triplicar a receita (cerca de três quilos de massa) e confeccionar 35 bolos, todos para consumo doméstico e para prendas entre a família.
Picadas as nozes, as amêndoas e as cidras (citrinos cristalizadas), Cristina Marta começa por deitar num tacho grande a farinha, o bicarbonato de sódio e depois mistura as especiarias, que conferem ao bolo um paladar peculiar e garantem a sua conservação por cerca de um ano.
À medida que deita no alguidar os ingredientes, olha para a receita para não falhar. «É muito importante respeitar a receita, caso contrário não acerta e é um grande prejuízo», salienta.
Derretida a banha, com a manteiga e o leite (ingrediente diferenciador e inovador do séc.XX), a massa adquire a cor acastanhada com a introdução do mel de cana sacarina.
«O melhor mel de cana é feito na Madeira na fábrica do Ribeiro Sêco», destaca, enquanto mede a quantidade certa e adiciona à massa, batida à mão pelo marido.
Aos frutos secos adiciona um pouco de farinha para que estes ingredientes não fiquem no fundo das formas e depois mistura ao preparado do alguidar.
A massa fica depois a repousar por algumas horas. Há receitas que admitem um repouso superior a um dia.
Em formas untadas com farinha, Cristina estende a massa e com paciência enfeita os bolos com amêndoas e nozes. Depois de uma hora no forno a 190º C, os bolos são retirados e depois de arrefecidos são embrulhados em papel vegetal para melhor conservação.
Cristina Marta gosta do produto final e, tal como manda a tradição madeirense, o bolo de mel é partido à mão e quando servido deve ser acompanhado por um fino e velho Vinho Madeira.
Produto certificado pelo Governo Regional da Madeira, o bolo de mel é conhecido em todo o mundo, sobretudo por acompanhar as mostras gastronómicas realizadas em bolsas de turismo e acções de promoção turística.
O bolo de mel de cana-de-açúcar representa uma herança gastronómica do convento de Monchique, depois de cruzados os ensinamentos culinários de Portugal com o exotismo árabe-berbere.
Crónicas Franciscanas mencionam que frei Jordão do Espírito Santo navegou no século XV para a Madeira munido da sabedoria do bolo de mel que mais tarde seria passada às freiras franciscanas do Convento de Santa Clara, no Funchal.
Especialistas na confecção de doçaria, as freiras juntaram ao bolo algumas especiarias, com destaque para o cravinho.

Bom apetite e Boas Festas!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vinho e Bordado Madeira como prendas de Natal

A secretaria regional dos Recursos Naturais e Ambiente lançou hoje uma campanha promocional do vinho e bordado Madeira no mercado local apresentando-os como produtos genuínos para prendas de Natal.
"Esta campanha tenta provocar madeirenses e visitantes numa altura de ofertas de Natal", disse o secretário regional dos Recursos Naturais e Ambiente, Manuel António Correia, no lançamento desta iniciativa que decorreu no Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira.
Manuel António Correia lembrou que cerca de sete mil famílias dependem dos sectores do vinho e dos bordados pelo que apelou que "os madeirenses a serem cada vez mais regionalistas e numa altura de ofertas de Natal esta é uma excelente forma de contribuir para a economia e o social da região".
Esta campanha tem como objectivo posicionar o vinho Madeira associando-o a um estilo de vida madeirense requintado e festivo, sugerir a sua oferta e aumentar o seu consumo, moderado, durante a época natalícia e de fim-de-ano.
Estas campanhas - através de newsletter, mupis e maketing directo - representam um investimento de 40 mil euros.
O consumo de vinho Madeira no mercado regional é de cerca de 531 mil litros e representa cerca de 3,8 milhões de euros.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Confraria Gastronómica da Madeira homenageia D. Ximenes Belo


D. Ximenes Belo, Nobel da Paz em 1996, de visita à Madeira até domingo, participa amanhã à noite num jantar de homenagem, promovido pela Confraria Gastronómica da Madeira, no restaurante da Quinta do Estreito, em Câmara de Lobos. O bispo emérito de Timor iniciou a sua visita à Região na quinta-feira, com intuito de participar no lançamento do livro “Gentio de Timor”, da autoria do capitão Armando Pinto Correia (natural do Estreito de Câmara de Lobos) e que foi administrador de Baucau entre 1928 e 1934.
Trata-se de uma obra etnográfica e cultural de especial significado e que agora é reeditada sob a coordenação de João Luís Gonçalves, com o patrocínio do Município de Câmara de Lobos. No programa oficial de D. Ximenes Belo destacam-se encontros com diversas entidades regionais. Finalmente, no dia 15 de Novembro, D. Ximenes Belo irá celebrar uma Missa nos Salesianos, dado que é também membro da Congregação fundada por São João Bosco.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Festa da Castanha no Curral das Freiras


A freguesia do Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos,
recebe este fim-de-semana mais uma edição da Festa da Castanha, uma
acção que visa promover esta produção regional.
Um cortejo alegórico, vários pavilhões com exposição e venda de
produtos agrícolas e seus derivados, sobretudo o confeccionados com
castanha, atribuição de prémios aos melhores produtores e
expositores, provas desportivas e muita animação musical são
componentes do programa desta iniciativa.
O destaque vai as demonstrações gastronómicas dos Chefes Yves
Goutier e Carlos Magno.
Domingo, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais,
Manuel António Correia, marca presença no local.
A Festa da Castanha é organizada pela Casa do Povo do
Curral das Freiras.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dia Mundial da Alimentação - sopa é rainha em Portugal


Depois dos holandeses, os portugueses são os maiores consumidores de sopa na Europa, o que explica o sucesso da
Loja das Sopas, criada em 1998 por um português e hoje nas mãos de
uma multinacional de origem espanhola.
A multinacional tem outras marcas, mas esta continua exclusiva de Portugal, disse o director da marca, Lorenzo Herrero,
segundo o qual a sopa é um elemento "super importante" na gastronomia portuguesa e que necessitaria de uma adaptação "mais
difícil" a outros mercados.
Segundo o mesmo responsável, os portugueses estão em terceiro lugar a nível mundial no consumo de litros de sopa por pessoa, numa tabela
liderada pelos chineses, seguidos dos holandeses.
Vendida aos espanhóis em 2003, a empresa tem hoje 46 pontos de venda, dos quais 12 são próprios e os restantes franchisados.
"É a quinta maior cadeia em número de lojas no mercado português.
Estamos bastante satisfeitos, continuamos a crescer a um ritmo de quatro a cinco restaurantes por ano", afirmou.
As lojas oferecem seis a cinco sopas diariamente. "Há três que são fixas: a sopa da pedra, a juliana de legumes e a sopa rica do mar",
indicou Lorenzo Herrero, referindo que a ideia é ter sempre um prato de carne, um de legumes e um de peixe.
As restantes sopas variam semanalmente e de acordo com a época do ano, "dentro de um leque de mais de 200 receitas".
Apesar do sucesso em Portugal, a empresa não tem planos de internacionalização da marca a curto prazo: "Não quer dizer que não
seja possível, mas qualquer conceito precisa de uma adaptação. A sopa dentro da cultura portuguesa tem uma importância maior do que
nos outros países".
Numa análise de mercado, constata que há produtos na restauração que são globais, mas outros têm muito a ver com as raízes culturais.
"Toda a gente come um hambúrguer, uma massa, uma pizza, mas a sopa tem de ser adaptada. As pessoas quando se alimentam são muito regionalistas".
As tapas, por exemplo, um conceito "muito espanhol", não vingaram em Portugal. "O português quando quer comer tapas vai a Espanha",
atestou, referindo que aqui há os petiscos, mas "são diferentes".
"Em Espanha e outros países, o conceito de primeiro e segundo prato é normal. Aqui, o conceito de menu é um prato, uma bebida e uma
sobremesa. A sopa é um complemento", acrescentou.
"São costumes, todos os mercados são diferentes. Mesmo com o fenómeno da globalização, na hora de se alimentar, as pessoas
defendem mais as suas raízes", observou. Confessando não gostar da palavra "crise", Lorenzo Herrero indicou
que mesmo nesta altura a empresa continua a ter "oportunidades de expansão", com convites para abrir lojas em novos centros.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Provas de Vinho Madeira em Paris e Londres


O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, em articulação com o sector do Vinho Madeira, organizou ontem uma prova em Paris, seguindo-se amanhã outra, desta vez em Londres.
Estas provas que decorrem nas embaixadas de Portugal contam com as presenças de dois representantes do IVBAM, Paula Cabaço Presidente do Conselho Directivo e Rita Galvão, Chefe de Divisão de Promoção. Ao nível das empresas produtoras e exportadoras de Vinho Madeira, estão presentes cinco empresas Madeira Wine Company; Vinhos Barbeito; Justino Madeira Wines; Henriques & Henriques e Pereira de Oliveira.
Estes eventos são especificamente direccionados para um público-alvo constituído por profissionais, distribuidores, retalhistas, jornalistas e chef’s bem como profissionais do canal horeca.

O mercado francês é o primeiro em termos de exportação de Vinho Madeira, com um total de 1,1 milhões de litros de Vinho Madeira comercializados em 2008, o que equivaleu a um volume de negócio de 3,4 milhões de euros. A Grã Bretanha vem logo atrás, tendo sido em 2008 o segundo maior mercado de exportação com uma comercialização de 242 mil litros e um volume de negócio que corresponde a 1,4 milhões de euros.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Coelho guisado


A época da caça começou esta semana. A sugestão que apresento - coelho guisado- faz parte do receituário tradicional da Madeira, embora existam mais receitas desta iguaria apreciada pelos madeirenses.


Ingredientes:

1 coelho

1 cebola

2 tomates

2 dentes de alho

1 folha de louro

Meio chouriço de vinho

Colorau q.b.

Pimenta moída q.b.

Sal q.b.

Salsa q.b.

Manteiga q.b.

1 cálice de vinho branco


Pique a cebola e junte um pouco de colorau, os tomates descascados e cortados, o chouriço em rodelas, o vinho branco, a pimenta moída, o sal, a manteiga, a salsa, o alho picado e o louro em pedaços. Faça um guisado. Enquanto isso, lave o coelho em pedaços com vinho branco e junte ao guisado. Deixe cozer até ficar apurado, por cerca de uma hora. Acompanhe com arroz cozido.


Bom apetite!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Trabalho a quanto obrigas...

De regresso à Madeira, depois de uma temporada em trabalho no Porto Santo, deixo a garantia de manter este espaço actualizado com o melhor da gastronomia madeirense. Para já, umas curtas férias e mãos à obra para nova temporada de degustação. Um abraço.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gastronomia em foco no Festival de Arte Camachense


O Festival de Arte Camachense, a decorrer até quarta-feira é um certame de tradição, criatividade e inovação, organizado pela Casa do Povo da Camacha, estando a gastronomia em plano de destaque.
O largo Conselheiro Aires de Ornelas apresenta uma boa oferta no sector da restauração, com particular destaque para a Casa de Pasto o Caroto, espaço que oferece aos clientes aspectos da gastronomia regional e nacional. Desde os famosos petiscos como as favas guisadas, orelha de porco e miudezas de galinha, os comensais podem degustar a sopa de trigo, arroz pato, arroz tamboril, bacalhau com Natas, bacalhau no forno, cabrito assado no forno, ensopado de borrego e como sobremesa para saborear uma refrescante mouse de lima.
O evento apresenta, entre outros atractivos, o primeiro encontro de música étnica da Macaronésia e o festival do emigrante camacheiro.
Elsa Nóbrega, presidente da Casa do Povo da Camacha destacou que o Festival de Arte Camachense «constitui a afirmação da nossa identidade cultural».

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Reis de Espanha beberam "Terras do Avô"


O vinho branco madeirense "Terras do Avô" foi seleccionado para o jantar oferecido pelo Governo Regional da Madeira aos reis de Espanha, Juan Carlos e Sofia, aquando da sua visita oficial à Região Autónoma, a convite do Chefe de Estado português, Cavaco Silva. O monarca espanhol foi presenteado com o melhor da gastronomia madeirense, tendo sido ainda entronizado na Confraria do Vinho Madeira.
Os três dias de visita à Madeira de Juan Carlos e Sofia constituiram um excelente meio de promoção do nosso destino turístico, com o monarca espanhol sensibilizado com as questões de natureza política e social desta região ultraperiférica.
À mesa, foram servidas aos reis e comitiva, iguarias da gastronomia madeirense apreciadas pelo Chefe de Estado de Espanha.
O branco "Terras do Avô" já passou por diversas provas de fogo. Aguardemos serenamente pelo tinto.

domingo, 2 de agosto de 2009

Festival do Petisco no Porto Santo


O Festival do Petisco, organizado pela Câmara Municipal do Porto Santo e pela "Areal Dourado" terminou ontem, com um balanço positivo.
O certame que animou a "ilha dourada" durante sete dias, teve uma adesão significativa de visitantes que nesta altura do ano enchem o Porto Santo.
A promoção dos produtos de excelência da ilha foi o objectivo do evento gastronómico, perfeitamente alcançado segundo os organizadores.
Além dos petiscos locais como os chicharros fritos, pezinhos de porco e escarpiada, a oferta passava pelas iguarias regionais e nacionais, como a espada, carne vinha d'alhos, mexilhão e amêijoas.
Para o próximo ano, a Alameda Infante D. Henrique volta a receber o cartaz gastronómico da ilha dourada.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Semana gastronómica de Machico começa amanhã


A 24.ª edição da Semana Gastronómica de Machico começa amanhã prolongando-se até 9 de Agosto, organizado pela Câmara local e com um vasto programa de animação.
Seguindo os moldes do ano passado, o “cartaz” oferece dez noites de animação, num espaço de degustação das principais especialidades gastronómicas do concelho e da Região, das quais se destacam as lapas grelhadas, o atum (escabeche) e as castanhetas.
O evento contará com a presença de 12 restaurantes, sete bares e seis associações (culturais e desportivas), em representação das várias freguesias do concelho. Este ano, associa-se à semana gastronómica os novos restaurantes da Frente-Mar de Machico.
Do programa musical, os destaques vão para os concertos do brasileiro Martinho da Vila, amanhã à noite, do português Toy (5 de Agosto, quarta-feira) e do projecto Dennisa & The Boys (dia 8, sábado). Outros espectáculos ficarão a cargos de grupos regionais.
Paralelamente à animação musical, haverá fogo-de-artifício (dia 31) e uma nova edição do Festival de Cocktais (9 de Agosto), organizado pela Associação de Barmen da Madeira.

domingo, 12 de julho de 2009

Vinho e Bordado presentes na Expomadeira 2009


O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, está presente na 26.ª Edição da Expomadeira, com o objectivo de promover e consolidar o conhecimento dos produtos regionais, com particular enfoque no Vinho e Bordado da Madeira.
O stand, no certame organizado pela ACIF, tem uma área de 54 metros quadrados e divide-se em três sectores - Vinho, Bordado e Projectos orientados pela Direcção Regional da Agricultura e de Desenvolvimento Rural e pela IGA.
Trata-se de um espaço com design orientado para dar continuidade à Campanha de Verão do Madeira com Gelo, onde o branco determina a frescura desta bebida, proporcionando também o contexto ideal para enquadrar o Bordado Madeira.
O Vinho Madeira Doce é o mais aconselhado para ser acompanhado com gelo e limão. Simples de preparar, é um aperitivo ou digestivo ideal para um encontro entre amigos, seja em casa num bar, ou mesmo num restaurante.
Ao longo dos dias da feira, serão dadas provas das 20h00 às 21h00. Para além da presença do Vinho Madeira, estarão em evidência os vinhos de mesa de qualidade produzidos na Região: o VQPRD “Madeirense” e o Vinho Regional “Terras Madeirenses”, branco, tinto e rosé. Serão ainda apresentados outros produtos regionais tradicionais, como os licores e o Mel de cana-de-açúcar e seus derivados.
No espaço Bordado Madeira impera o branco, impresso também nas peças, também elas brancas, leves, fazendo brilhar as formas puras do design.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Queijadas da Madeira


A doçaria madeirense acompanha a qualidade da sua gastronomia e constitui um excelente complemento para a degustação dos seus apreciadores. A sugestão que apresento constitui uma das mais apreciadas iguarias da doçaria regional, cada vez mais rara nas poucas confeitarias madeirenses. Desta forma, contribuo para a preservação de uma herança que o tempo teima em apagar.


Ingredientes:

170 g de farinha
1 c. (sopa) de açúcar
1 c. (sopa) de manteiga
0,5 dl de água

Para o recheio:
125 g de requeijão
75 g de açúcar
2 gemas
1 c (sopa) de farinha
manteiga q.b.

Começe por juntar o açúcar com a manteiga, envolvendo muito bem com a água deitada aos poucos. Amasse até ficar com a consistência desejada, de forma a poder estendê-la. À parte, prepare o recheio, juntando o requeijão (depois de passado por um passador), com açúcar, as gemas e a farinha. Bata tudo bem e leve a engrossar em banho-maria. Fora do lume, bata mais um pouco com as varas e deixe arrefecer. Em seguida, estique a massa. Corte pequenas quantidades, coloque em formas previamente untadas com manteiga e farinha. No interior, coloque um pouco do recheio. Tape com um disco ou tampa da mesma massa, puxe as pontas e sobre estas pincele com um pouco de manteiga. Coza em forno bem quente (180 ºC), cerca de 15 a 20 minutos.


Sugestão: Para atenuar o sabor do requeijão, adicione ao recheio, na altura de o preparar, raspa de 1/2 limão e 1 c. (café) de canela em pó.


Bom apetite!



Dourada com azeitonas


A dourada da Madeira é produzida em grande escala (cerca de 600 toneladas por ano), em cativeiro, nos mares do Caniçal e mais recentemente no Campanário. Apreciado pelas qualidades nutritivas, a dourada da Madeira é já comercializada no território nacional (através da cadeia Pingo Doce), em Espanha e na Venezuela. A sugestão que apresento, para duas pessoas, é económica, de fácil confecção e constitui uma excelente prato para ser consumido no Verão.

Ingredientes:
2 douradas
250 g de semilhas
70 g de toucinho fumado
50 g de azeitonas pretas
2 folhas de louro
1 copo de vinho branco seco
2 c. (sopa) de azeite
Sal e pimenta q.b.

Pré-aqueça o forno a 220 ºC. Coloque as douradas limpas e secas num tabuleiro. Descasque as semilhas, corte-as em rodelas finas e coza-as durante três minutos em água a ferver temperada com sal. Escorra-as e distribua-as no tabuleiro, sobre o peixe. Acresente o toucinho em tiras. Tempere com sal e pimenta e regue com o azeite. Leve ao forno por 10 minutos. Regue com o vinho, junte as azeitonas e as folhas de louro em pedaços. Deixe assar mais 15 minutos. Retire e sirva acompanhado com uma salada fresca de alface e tomate.

Bom apetite!

Salada de mariscos


Na Madeira os mariscos são sempre apreciados, mas no Verão assumem um especial período de degustação. A sugestão que apresento, para duas pessoas, é de fácil confecção e de equilíbrio calórico. Na reunião dos ingredientes, procure a melancia do Porto Santo, mais suculenta e saborosa do que as restantes vindas de fora também à venda nas superífices de distribuição alimentar.

Ingredientes:
200 g de camarão
1/4 de melancia
6 folhas de alface
1 talo de aipo
75 g de miolo de mexilhão cozido
maionese light
alho, pimenta, sal e salsa q.b.
Sumo de 1/2 limão

Adquira já o camarão cozido, descasque e reserve. Corte a melancia em cubos, sem as sementes e reserve. Envolva o camarão com o mexilhão e acrescente a melancia, o aipo cortado. Guarde no frio por alguns minutos. Enquanto isso, envolva a maionese com o alho esmagado e a salsa picada. Tempere com sal e pimenta e adicione o sumo de limão. Corte a alface em tiras e estenda numa saladeira, junte o preparado de camarão e sirva com a maionese temperada.

Opção: Pode substituir o aipo pelo pepino em pedaços.

Bom apetite!

sábado, 4 de julho de 2009

Bolo de maçã


Os amigos são para muitas ocasiões, até para nos adoçarem a alma. A minha amiga katucha enviou-me uma receita original que gostaria partilhar com os visitantes deste espaço. Como digo muitas vezes, um doce de vez em quando não é pecado. Mãos-à-obra e vamos provar esta saborosa iguaria.

Ingredientes:
250 grs de manteiga
250 grs de farinha
220 grs de açúcar(amarelo de preferência)
6 Ovos
75 grs de amêndoa laminada
3 maçãs reineta
canela q.b
4 c. (café) de Pó Royal
1 chávena de leite

Pré-aqueça o forno a 200ºC. Separe as claras das gemas. Bata a manteiga, que deve estar à temperatura ambiente, com o açúcar até ficar cremoso, junte as gemas e a baunilha. Em seguida junte o fermento à farinha e por sua vez junte esta ao preparado anterior, adicionando o leite pouco a pouco. Nota que o preparado deve ficar cremoso, mas não muito liquido pelo que, dependendo do tipo de farinha, deverá ser controlada a quantidade de leite. Bata as claras em castelo e envolva com o preparado anterior. Entretanto, descasque a maçã e corte em lâminas. Unte a forma com manteiga e farinha, e deite nesta metade da massa do bolo, disponha a maçã numa só camada, espalhe a amêndoa laminada e polvilhe com um pouco de canela. Deite por cima a restante massa espalhando uniformemente. Por fim polvilhe ligeiramente com canela e leve a cozer ao forno a 180ºC.

Nota: Fica muito bom, espalhar no final da cozedura e ainda com o bolo quente uma colher de sopa de manteiga, polvilhando em seguida com açúcar refinado.

Bom apetite!

terça-feira, 23 de junho de 2009

O milho na gastronomia madeirense (II)


0 milho era o alimento das classes pobres e a ausência da farinha atingia principalmente estes, por isso o articulista do DN apelava, em Agosto de 1943, às classes mais abastadas, que lhe reservassem este privilégio. «O milho é o alimento
das classes pobres, das classes populares(...) o milho, repetimos, é o alimento dos pobres. Assim aqueles que o podem dispensar, deixem-no aos pobres porque para as almas bem formadas, deve constituir amargura, provocar, impensadamente, as faltas de alimentação nos lares onde o dinheiro não abunda».
Mais tarde, no Inverno de 1945 em face de novas dificuldades as páginas do mesmo jornal abriram-se para expressar o grito plangente ecoado por todos os madeirenses em surdina. 0 Racionamento de 1 kg semanal por cabeça propiciou o seguinte comentário: «Não era bastante para as necessidades duma população que tinha afeito a sua economia doméstica ao consumo quase diário daquele produto (...), numa terra onde
o milho se podia chamar o pão-nosso de cada dia».
Nessa altura a Madeira tinha necessidade de importar anualmente 13.000 toneladas de milho.
Mas aqui, mercê da iniciativa da Comissão Regulador do Comércio de Cereais, a situação não foi tão gravosa como havia sucedido no decurso da Primeira Guerra. A política de intervencionismo económico definida por Salazar levou à criação em 1954 do grémio do milho colonial português e em 1958 surgiu a delegação madeirense da Junta de Exportação dos Cereais, que passou a coordenar todo o processo de abastecimento e fixação de preços do grão e farinha.
Foi responsável Ramon Honorato Rodrigues, que em 1962, no momento de extinção, publicou uma memória sobre os serviços prestados pela junta que presidiu. Por ai se ficou a saber das dificuldades sentidas nos anos da guerra e da acção da Junta e Governador Civil para solucionar a situação por meio do racionamento do
milho e da solicitação de carregamento à ordem do governo.
Para termos uma ideia das dificuldades basta-nos aludir à capitação estabelecida pelo racionamento e relacioná-la com a média anterior à guerra: entre 1937-39 ela foi de 123 kg/ano, enquanto de 1942-44 passou para apenas 80 kg. Mas houve anos em que a situação se agravou: por exemplo em Março e Abril de 1945 a ração semanal por cabeça era de apenas 550 gramas de milho. A partir de 1941 o racionamento foi determinado por concelho de acordo com o número de cabeças de casal, variando o quantitativo conforme os stocks disponíveis.
No último quartel do séc. XX, o milho branco escasseou nos mercados, sendo substituído pelo milho amarelo, menos apreciado, deixou definitivamente de ser a base da gastronomia madeirense, continuando até aos nossos dias a ser uma iguaria apreciada, mas cada vez mais rara à mesa.
Curiosamente, são os restaurantes que continuam a cozinhar o milho e a fritá-lo para gáudio dos comensais, residentes e turistas, sobretudo os apreciadores de espetada.

O milho na gastronomia madeirense (I)


Calcula-se que o consumo do milho ronde os 7000 anos, com origem na América Central, sabendo-se que as civilizações astecas, maias e incas, alimentavam-se e tendo no cereal uma relação de cunho religioso.
Reza a história que até o descobrimento da América, em 1492, os europeus desconheciam por completo a existência do milho. Quando Cristóvão Colombo levou apresentou algumas sementes de milho, terá causou grande sensação entre os botânicos de então.
Linneus, na sua classificação de gêneros e espécies, denominou-o por "zea mays", do grego "zeia" (grão, cereal), e em homenagem a um dos principais povos da América, os maias. Hoje, seu consumo abrange praticamente todas as partes do mundo.
Na Madeira, a entrada do milho na alimentação acompanha a tendência do resto do país até ao século XIX, visto até então a batata, a semilha, o ínhame e os cereais, mormente o trigo, constituírem a principal base alimentar da população.
Com a crise da semilha, em 1841, provocada pelo míldio, os madeirenses sentiram necessidade de promover uma cultura de substituição, optando pelo milho. A fome teve uma expressão significativa, obrigando as autoridades de então a enviar uma delegação a Cabo Verde com intuito de serem aprendidas técnicas de plantação em escala e na aquisição de algumas toneladas do produto.
O milho constituiu a partir dessa altura a base alimentar da maioria da população madeirense, pese embora, as famílias mais abastadas, apenas esporadicamente consumissem o milho, como acompanhamento de peixe.
Por diversas vezes a imprensa refere que o milho era o principal alimento do povo. E quase todo ele era importado do estrangeiro, ou das colónias: a ilha produzia uma ínfima parte daquilo que consumia. O milho era servido de diversas formas na mesa rural madeirense: papas de milho (cozido), milho escaldado (sopa) e estroçoado. Segundo o Diário de Noticias, do Funchal, de 4 de Setembro de 1941, “o milho é, há muitos anos, um elemento fundamental da alimentação das nossas classes menos remediadas. Barato, de fácil preparação e de forte poder alimentar, nenhum produto
da terra o pode substituir ou sequer igualar”. Dai, deverá ter resultado a expressão popular: “Vai-se ganhando para o milhinho...”.

sábado, 20 de junho de 2009

Feira das sopas decorreu na Boaventura


A freguesia de Boaventura acolheu no passado fim-de-semana mais uma edição da feira das sopas. O certame decorreu no centro da localidade com a participação de 15 barracas com sopas tradicionais.
O evento organizado pela Casa do Povo da Boaventura permitiu a milhares de pessoas, muitos turistas que aproveitaram para provar e degustar as sopas de couve, agrião, trigo, tripas, passando pela sopa de abóbora, de pedra até ao caldo de galinha e as maçarocas cozidas.
A abertura do certame contou com a presença do director regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Bernardo Araújo. A animação esteve a cargo da banda filarmónica Recreio Camponês, do Grupo Coral, Grupo de Instrumentos Tradicionais e Grupo de Acordeões da Casa do Povo de Boaventura.

Vinho Madeira promovido na bienal Vinexpo de Bordéus


O Vinho Madeira estará em promoção na Feira bienal Vinexpo que decorre a partir de domingo em Bordéus, na França, com o objectivo de aliciar potenciais importadores a nível mundial.
A Madeira estará representada neste certame integrada no espaço de Portugal, pelo Instituto do Vinho, Bordado e Tapeçarias, em conjunto com quatro empresas exportadoras desta tradicional produção regional.
Esta é considerada uma das mais importantes feiras internacionais para este sector, contando com a participação de mais de 2500 expositores, em representação de 45 países, entre os quais a China, Canadá, Rússia, Estados Unidos, Alemanha, França e
Japão.
A Índia, o Brasil, a Bielorrússia e as Ilhas Maurícias fazem a sua estreia neste evento de promoção de vinhos e bebidas espirituosas de todo o mundo.
A França ocupa o primeiro lugar na lista da exportação do Vinho Madeira, representando 35 por cento, com mais de 1,1 milhão de litros, o que significa receitas na ordem dos 3,4 milhões de euros.
Os franceses consomem sobretudo Vinho Madeira Doce (419 mil litros).
Nesta acção promocional no mercado francês a Madeira investe cerca de 12 mil euros, contando com a comparticipação de fundos comunitários na ordem dos 70 por cento, estando incluída na estratégia de internacionalização e consolidação desta produção
regional.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Produção de cereja na Madeira ronda as 220 toneladas


Nas ruas do Funchal a venda da cereja continua a decorrer conforme as expectativas dos comerciantes, visto este ser considerado um bom ano de produção do fruto, na freguesia do Jardim da Serra.
Dados oficiais revelados pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, com a tutela da Agricultura, a produção registada este ano ronda as 220 toneladas, correspondendo ao esforço conjunto das entidades públicas e dos produtores da freguesia do concelho de Câmara de Lobos.
Entretanto, foi anunciado por Manuel António Correia que à semelhança do que já acontece com o mel de cana e com o bolo de mel, todos os produtos agrícolas, de pesca e ainda de pecuária, que forem produzidos na Madeira, passarão a ter um selo de certificação de origem.
O governante explicou que a iniciativa legislativa tem o propósito de criar uma maior distinção dos produtos regionais, em relação aos importados, que por vezes os próprios agentes económicos provocam a confusão para vender o que é de fora.
Assegurando que o novo selo para os produtos do sector primário irá diferenciar, esclarecer o consumidor e ainda estimular o consumo dos mesmos, Manuel António Correia salienta que esta iniciativa surge como forma de corresponder ao crescimento da produção agrícola, pecuária e ainda piscatória.
Os últimos dados definitivos do Instituto Nacional de Estatística, referentes a 2006, sobre a produção agrícola na Madeira, indicam que houve uma receita de 66 milhões de euros. Comparativamente a 2001, houve um aumento de 22 milhões de euros, ano em que foi registado 44 milhões de euros de produto no sector agrícola da Região.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Festa da Cereja no Jardim da Serra


A pitoresca freguesia do Jardim da Serra, do concelho de Câmara de Lobos, acolhe no próximo fim-de-semana a Festa da Cereja, evento marcado por um cortejo alegórico muito apreciado por residentes e forasteiros e pela demonstração gastronómica da "Taça de Queijo Creme com Compota de Cereja", pelo Chefe Vítor Costa.
O certame é promovido pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, tutelada por Manuel António Correia que estará presente no domingo, presidindo à entrega de prémios do concurso da cereja.
O programa de animação musical tem início no sábado à tarde, prosseguindo no domingo com destaque para a actuação do grupo Encontros da Eira. No espectáculo a formação da Camacha revisitará vários temas dos seus quatro CD's editados, que versam sobre a música tradicional da Madeira.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Capelas de São João




"Malassadas no Entrudo
Capelas no São João
Bolo doce na Festa
Bolo do caco no Verão"

Entusiasta pelas tradições festivas do Porto Santo, Luís Rodrigues, lamenta que se esteja a adulterar a confecção das principais iguarias da ilha, nomeadamente das Capelas de São João, espécie de bolo redondo sobreposto por outro mais pequeno. «As pessoas mais pobres ou remediadas, preparavam o trigo da terra e faziam a amassadura do pão caseiro. Hoje, temos pão "tipo" caseiro, porque para ser original tinha de dar as voltas que o linho dá, ou seja, ser nascido, crescido, amadurecido, escolhido e moído, para se considerar caseiro». Mais. «Não chamem barrete ao chapéu», ironiza, referindo-se à adulteração das "capelas". Para que tal não aconteça, ou pelo menos, evitar que aconteça, fui buscar a receita tradicional das "Capelas de São João".

Nota: A foto é de bolo do caco.

Ingredientes

1 kg de farinha
5 ovos
125 g de manteiga
100 g de açúcar
Raspa de limao
100 g de fermento do padeiro
Leite q.b.

Deite os ingredientes todos e amassar bem. Depois faça bolas individuais com a massa e deixe levedar. Quando estas estiverem levedas, bata um ovo e pincele cada bola, repenicando com uma tesoura toda a superfície, e colocando por cima uma bola mais pequena. De seguida coloque no forno até cozer.

Bom apetite!

Festas de São João no Porto Santo


As festas do concelho do Porto Santo coincidem com as festividades alusivas ao São João e decorrem entre 19 e 24 deste mês. As festas são o grande cartaz turístico que levam à ilha milhares de pessoas.
O evento mobiliza grande parte da população do Porto Santo, principalmente nas marchas que terão lugar na noite de 23 de Junho, em que os grupos da Camacha, Cidade, Campo de Cima e Campo de Baixo vão desfilar no centro da localidade.
Ao nível de programa musical a oferta é diversificada abrangendo vários públicos. Logo no primeiro dia da festa, a 19 de Junho, os ABBA Gold vão animar a Praça do Barqueiro a partir da meia-noite. No dia seguinte, sábado, a banda portuguesa GNR vai recordar os seus grandes êxitos. Vindos dos Açores os Banda.com actuam na noite de domingo e na segunda-feira será a vez de Ana Malhoa.
A 23 de Junho, estão agendadas as marchas, a actuação do duo Lucas e Mateus e ainda um espectáculo pirotécnico. No dia seguinte, o dia do concelho será assinalado com uma sessão solene ao meio-dia, com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.

Vinho Madeira conquista três medalhas


O Vinho Madeira esteve uma vez mais em alta na sua participação no Concurso Internacional “Malvasias do Mundo”, que decorreu entre 26 a 30 de Maio na ilha de Palma, em Canárias. A Grande Medalha de Ouro foi atribuída a um Malvasia de 1933 da empresa Vinhos Justino Henriques, Filhos, Lda., e a Medalha de Ouro a um Malvasia Blandy´s de 1990.
Segundo uma nota do Instituto do Vinho da Madeira, a Região foi ainda contemplada com mais um prémio, uma medalha de prata, atribuída a um Malvasia de 15 anos da empresa Henriques & Henriques, Vinhos, SA (na foto).
No concurso participaram um total de 54 amostras, 1 espumoso, 27 secos, 2 semidoces, e 25 vinhos doces, provenientes do Brasil, Catalunha, Baleares, Croácia, Itália, Madeira e Canárias.
Revela ainda o instituto presidido por Paulo Rodrigues que grande número de amostras levou a que numa primeira fase fosse feita uma pré-selecção de 11 vinhos, de entre os provenientes das Ilhas Canárias, para então numa segunda apreciação, serem atribuídos os prémios finais. Em 11 Malvasias premiados, três foram Madeira.
Estes prémios, refere a mesma nota, vêm reforçar o reconhecimento internacional, neste caso atestado por especialistas, da qualidade do Vinho da Madeira, uma aposta que tem sido feito pelo sector, no geral, desde os viticultores madeirenses que trabalham em prol da qualidade da uva, passando pela esforço das entidades públicas na regulamentação do sector e na sua promoção e pelas empresas que continuam o seu trabalho permanente de manter e incrementar a fasquia da qualidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Caldeira


Na gastronomia madeirense a caldeira é apenas confeccionada com uma espécie de peixe pequeno como o chicharro ou à posta como o atum ou a espada. A sua confecção é fácil e o resultado é delicioso para apreciadores de sopas ou caldos de peixe.

Ingredientes:
500 g de peixe de uma só variedade
6 semilhas médias
1 batata
1 cebola
2 tomates
1 ramo de salsa
sal e pimenta q.b.

Refogue a cebola, o tomate, a salsa e a pimenta em azeite e depois de apurado regue com 1,5 litros de água. Assim que ferver, adicione as semilhas cortadas em pedaços. Deixe ferver, tempere com sal e adicione o peixe e deixe cozer. Depois retire o peixe e sirva separado com a caldeira e com a batata assada.

Sugestão: Se utilizar posta de atum pode adicionar à cozedura final um punhado de ervilhas. A caldeira pode ser ainda deitada nos pratos por cima de pão duro partido aos pedaços.

Bom apetite!

Filetes de espada com arroz de espigos


Os espigos são as extremidades das couves que entram na gastronomia madeirense de diversas formas. Cozidos e temperados com azeite, alho e sal, em sopas e ainda com arroz de acompanhamento. A sugestão que apresento é de fácil confecção e pode ser feito sempre que tiver espigos frescos à disposição, tal como acontece nesta altura do ano. Volto a insistir no receituário para duas pessoas.

Ingredientes

2 filetes de peixe-espada
1 ovo
farinha q.b.
Sal e pimenta q.b.
Sumo de limão
1 molho pequeno de espigos
1 dente de alho
150 g de arroz
1 cebola
Azeite q.b.

Tempere os filetes de espada com sal, pimenta e sumo de limão e reserve por alguns minutos. À parte, numa caçarola aloure no azeite a cebola e o alho bem picadinhos, adicione os espigos cortados em pedaços. Junte meio litro de água, tempere com sal e deixe ferver. Deite o arroz e deixe cozer por 12 minutos em lume brando. Enquanto isso, passe os filetes de espada pelo ovo batido e depois pela farinha e frite-os em azeite quente até alourarem.

Bom apetite!

sábado, 30 de maio de 2009

"Festas da Sé" animam centro do Funchal


A Câmara Municipal do Funchal realiza até 6 de Junho as denominadas "Festas da Sé", evento que dinamiza os restaurantes das principais ruas do centro da cidade, engalanadas para o efeito.
O presidente da autarquia, Miguel Albuquerque, assegurou na abertura do certame que «estas festas vieram para ficar».
Tal como referiu, «este é de um evento de baixo investimento, que movimenta todos os estabelecimentos comerciantes da zona e são do agrado de madeirenses e turistas».
Segundo o autarca, a construção de um novo parque de estacionamento na Rua do Castanheiro, com arranque previsto até ao final deste ano, será uma mais-valia nas próximas edições das festas.
Até ao dia 6 de Junho a animação musical estará garantida pela actuação de tunas académicas e bandas filarmónicas, nas ruas de João Tavira, Queimada de Cima, Queimada de Baixo, Bispo, Ferreiros e Largo do Chafariz, entre as 19h30 e as 24 horas.

Curral das Freiras acolhe mais uma Amostra do Brigalhó


A freguesia do Curral das Freiras acolhe amanhã a sétima edição da Amostra do Brigalhó, um tubérculo típico daquela localidade usado no passado para matar a fome quando escasseava a comida.
O objectivo da mostra é divulgar o brigalhó, uma planta desconhecida da maioria das pessoas, parecida com o jarro, cujas raízes são comestíveis e cuja folha amolece rapidamente quando é apanhada.
O brigalhó não necessita de ser semeado. Cresce debaixo das árvores, sendo apanhado no Curral das Freiras em Abril e Maio. Só as raízes - parecidas com o inhame - é que são comestíveis, devendo ser cozidas durante 24 horas numa panela de ferro para não arder na boca.
O fundo da panela é "forrado" com vides e azedas, colocadas às camadas entre o brigalhó, que é por sua vez temperado com sal e regado com água, devendo ser descascado após estar devidamente cozido.
A Amostra do Brigalhó é organizada pela casa do povo do Curral das Freiras.
A população do Curral das Freiras apanha e coze este tubérculo, colocando-o no congelador para consumo durante o ano.
O brigalhó é comido depois de frito, temperado com salsa, alho, acompanhando atum ou bacalhau.
Segundo a organização da mostra, muitas pessoas, incluindo os turistas que visitam o Curral das Freiras, começam por fazer "cara feia" ao brigalhó. Mas ao provar acabam por gostar e pedem para levar o tubérculo madeirense para oferecer a amigos e familiares.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Atum salpresado ou atum de São João


O atum salpresado é um dos pratos tradicionais da Madeira, que ganha maior procura na quadra festiva dos santos populares, razão pela qual, é também conhecido por atum de São João. A sugestão que apresento hoje permite confeccionar para familiares e amigos um dos mais apreciados pratos de peixe da gastronomia madeirense, na qual o atum assume um lugar de destaque.

Ingredientes:
1 posta de atum com cerca de 700 g
4 dentes de alho
600 g de feijão encarnado em vagem
2 abóboras verdes
4 batatas
4 cebolas médias
4 semilhas
4 maçarocas
orégãos, azeite, vinagre e sal grosso q.b.

Três ou quatro dias antes do São João, escolha uma posta de atum gordo, de preferência de ventrecha (barriga) e faça uns golpes. De seguida tempere com sal grosso, alho cortado às rodelas e os oregãos e deixe ficar assim. Algumas horas antes de confeccionar a refeição, deite o atum de molho em água fria. Depois coza o atum durante uma hora, juntamente com o feijão e a cebola. À parte, coza as batatas, as semilhas, as abóboras e as maçarocas. Retiram-se à medida que forem cozendo. O atum é servido com os legumes cozidos e temperados com azeite e vinagre.

Sugestão: Pode deixar de temperar o atum com os orégãos e optar pela segurelha durante a cozedura. Este prato pode ser ainda acompanhado com salada de pepino, tomate e cebola temperada com azeite e vinagre.

Bom apetite!

Santos populares na Madeira


Junho é o mês dos santos populares. Santo António a 13, São João a 24 e São Pedro a 29. Na Madeira e Porto Santo, as festas populares são vividas pelas paróquias que dão nome do santo com grande devoção religiosa, mas igualmente são um forte motivo para o tradicional arraial e respectivas marchas.
Na freguesia mais populosa da região autónoma, Santo António, no concelho do Funchal as marchas do dia 12 para 13 levam milhares de pessoas para as principais ruas do centro da localidade, devidamente engalanada com os adereços alusivos ao "santo casamenteiro".
Não menos emblemáticos são os festejos de São João. No Funchal, Calheta e Porto Santo as festas concentram milhares de pessoas. Na capital madeirense, a festa já foi das mais rijas de toda ilha, junto à capela de São João, mas a evolução dos tempos transportou a animação para as praças da cidade, nomeadamente no Carmo. A Câmara Municipal do Funchal, aposta forte nos denominados "Altares de São João", igualmente a pensar no turismo que em Junho visita a Madeira.
No Porto Santo as festividades constituem um cartaz importante na animação da ilha. Ali, as marchas já mereceram honras televisivas para todo o mundo. A autarquia local investe bem neste evento popular, visto o mesmo atrair ao Porto Santo alguns milhares de visitantes.
Na Calheta, a festa é vivida com muita animação, igualmente com o desfile das marchas de São João.
Por último, mas não menos importante, são as festas de Sao Pedro, com atenções centradas na vila da Ribeira Brava, outrora um importante centro piscatório regional. O santo protector dos pescadores leva milhares de pessoas ao centro da freguesia, que se veste em grande animação para receber, não apenas os residentes e turistas, mas também os emigrantes que chegam na última semana de Junho para passar as férias com a família.
Em termos gastronómicos os santos populares na Madeira apresentam hábitos totalmente diferentes do resto do país, nomeadamente nos convívios familiares. O atum salpresado ou atum de São João, é uma das iguarias mais consumidas nesta quadra, devidamente acompanhado com maçarocas e feijão cozido com a vagem. Como não há arraial madeirense sem espetada e bolo do caco, nas ruas, estes são os principais elementos confeccionados.
Aos poucos e por influência das superfícies comerciais, as sardinhas assadas ganharam algum espaço, sobretudo nos festejos populares do Funchal.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Queijo fresco com tomate


Nunca como agora os madeirenses habituaram-se a consumir queijo fresco, sobretudo porque do Santo da Serra, é produzido um excelente queijo delicioso para acompanhar as mais variadas saladas frescas. A sugestão que aqui apresento, para duas pessoas, permite apreciar a qualidade do "santoqueijo", que pode ser adquirido em todas as superfícies comerciais a um preço em conta.

Ingredientes:

500 g de semilha
3 tomates maduros
2 queijos frescos do Santo
Oregãos frescos e sal q.b.
1 c. (sopa) de massa de pimentão
2 gemas de ovo cozido
0,5 dl de azeite

Começe por cozer as semilhas com a casca em água temperada com sal. Depois de cozidas, escorra-as, pele-as, corte às rodelas e disponha no centro de um prato de salada, colocando à volta o tomate e o queijo cortado às rodelas. Prepare um molho, misturando bem a massa de pimentão com o azeite e as gemas cozidas e desfeitas. Sirva com o molho sobre as rodelas de semilha e polvilhe com oregãos frescos bem picados.

Bom apetite!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Salada à chefe


No Verão de 2008, lancei um desafio ao meu amigo Marco Ferreira, director do Hotel Vila Baleira, no Porto Santo, para confeccionar um prato com vista a inseri-lo numa edição especial do Jornal da Madeira, intitulada por "Gosto de Verão".
Entusiasta da boa mesa, lá aceitou o repto e deitou mãos à obra. A sugestão que hoje quero partilhar com os visitantes deste blogue é de fácil confecção, rica em nutrientes e económica.
Desta vez decidi apresentar a receita sem a ordem habitual dos ingredientes. Os interessados em confeccionar a "Salada à Chefe", devem seguir os passos descritos na reportagem.
De ar descontraído, avental enrolado na cintura e lenço na cabeça, Marco Ferreira começou por cortar as folhas de alface em juliana, o tomate e o ovo cozido em meia-lua. O primeiro passo para a decoração do prato está dado e reservado. A semilha, previamente cozida, é cortada depois em brunesa (aos cubos), seguindo-se da mesma forma o queijo (barra) e o fiambre.
À medida que aplica o corte, o director hoteleiro recorda que a primeira refeição da sua autoria foi aos 10 anos e logo um pequeno-almoço para agradar aos pais. O efeito foi de tal ordem que a mãe sempre que precisava, solicitava os seus préstimos.
O pimento, devidamente descascado, leva o corte primaveril (cubos pequenos), seguindo-se o peito de frango cozido, igualmente em cubos, mas sem desfazer.
Juntam-se todos os ingredientes cortados envolvendo-os com as natas e o queijo Filadélfia.
Por entre algumas lembranças, Marco Ferreira deixou escapar que alguns dos pratos confeccionados no hotel que dirige são da sua autoria, mas que depois levam o toque final do chefe.
Tudo envolvido, é necessário preparar a forma final. Colocada a película aderente no interior de um recipiente côncavo, deita-se o conteúdo da salada, colocando depois no prato por cima da cama de alface, decorado com o tomate, azeitonas pretas e o ovo. Enfeita-se com um ramo de salsa e está pronta a servir. E como o calor aperta, Marco Ferreira aconselha para acompanhar a salada, uma refrescante sangria ou um vinho branco frutado.

A foto é de João Paulo Martins da Colombopress a quem agradeço a gentileza.

Bom apetite!

Festa do limão com gastronomia



A 8.ª edição da Exposição Regional do Limão, agendada para o próximo fim-de-semana, na freguesia da Ilha (Santana), terá um espaço para a demonstração da confecção de ementas derivadas do limão. Para além desta vertente gastronómica o evento terá diversos stands expositores de limão.
Numa parceria da Casa do Povo da Ilha e da Direcção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural integrado na VIII Exposição Regional do Limão, o chefe executivo da Quinta do Furão, Yves Gautier, irá demonstrar através dos aspectos gastronomicos, ementas derivados do limão, no domingo, dia 17 de Maio, pelas 17 horas.
Também os utentes do Centro de Dia farão demonstrações gastronómicas nos três dias do certame. Refira-se ainda que, para além das iguarias e afins próprios dos arraiais madeirenses, estará patente neste evento, um restaurante de Santana, que será o restaurante oficial da festa do Limão.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vinho Madeira promovido em Londres


A London Internacional Wine and Spirits Fair, entre hoje e amanhã, é considerada uma das feiras mais importantes para o sector a nível mundial, e conta este ano, com a participação de 1.250 expositores, com vinhos e bebidas espirituosas de todo o mundo.
Segundo o Instituto do Vinho Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), o “stand” do Vinho Madeira, integrado no espaço português organizado pela Viniportugal, conta com 21 m2 nos quais estarão representados os vinhos das empresas regionais exportadoras.
Assim, numa estratégia de reforçar os contactos já existentes e aliciar potenciais importadores ao nível mundial, quatro empresas estão representadas, com um balcão próprio, sendo elas: Justino Henriques, Filhos, Lda., Madeira Wine Company, S.A., Henriques & Henriques – Vinhos S.A. e Pereira d’Oliveira Vinhos Lda.
Para além dos representantes das empresas, o IVBAM está representado por Paulo Rodrigues, presidente do Conselho Directivo, e Rita Galvão, chefe de Divisão da Promoção.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Salada do mar


Juntar a semilha cozida à salada é uma excelente opção. Aconselho a cozer as semilhas com casca e só depois descascá-las. Desta forma, ficam mais saborosas e mais fáceis de cortar. Esta é uma sugestão rica em hidratos de carbono, vitaminas e proteínas. Dá para quatro doses e pode ser guardada por 48 horas no frigorífico.

Ingredientes:

1/2 kg de semilhas
1 molho de espargos verdes
1 couve-flor
3 cenouras
100 g de delícias do mar
2 ovos cozidos
3 c. (sopa) de maionese light
50 ml de leite de soja (facultativo)
sal q.b.

Lave as semilhas e coza-as com a casca em água temperada com sal. Depois de cozidas, escorra e deixe arrefecer, pele-as e reserve. Arranje os espargos, corte a couve-flor em raminhos e a cenoura às rodelas. Coza tudo em água temperada com sal. Corte as delícias do mar em rodelas. Descasque e pique os ovos. Coloque todos os ingredientes numa saladeira. Misture bem a maionese no leite de soja e regue a salada e sirva.

Sugestão: Pode substituir as delícias pela mesma quantidade de oamarão cozido.

Bom apetite!

Salada de camarão


Para uma refeição leve e equilibrada, deve combinar os mais diversos ingredientes, obtendo pratos vitaminados. Rico em proteínas e minerais, o camarão pode ser adquirido na Madeira a preços mais em conta e durante todo o ano. Opte por comprar o camarão já cozido, pronto a confeccionar os seus pratos.

Ingredientes:
200 g de camarão 20/30
100 g de toucinho
100 g de maionese light
100 g de queijo parmesão fresco
100 g de queijo parmesão ralado
500 g de variedade de alface
30 g de anchovas
50 g de pão tostado em cubos

Num tacho salteie o toucinho até ficar dourado, junte o camarão e deixe alourar um pouco. Lave, escorra e corte as folhas de alfaces. Numa saladeira junte e envolva a alface com a maionese light, as anchovas picadas e o queijo ralado. Sirva, colocando no prato as alfaces já marinadas e cubra com o camarão, o toucinho, os cubos de pão tostado e decore com o queijo grosseiramente ralado.

Bom apetite!

Salada de frango e mango


A partir de hoje, vou apresentar as minhas saladas, saudáveis e leves, para estar em forma no próximo Verão. A gastronomia madeirense completa-se com as saladas, a maioria das quais com toque regional, sobretudo pela a adição das nossas frutas da época e com ingredientes de produção madeirense. A sugestão de hoje é de fácil confecção, dá para quatro doses e pode ser conservada no frigorifíco até 48 horas.

Ingredientes:

Dois peitos de frango
1 mango
8 folhas de alface
2 tomates maduros
4 rabanetes
1 c. (sopa) de molho de soja
1 laranja
3 c. (sopa) maionese light
2 c. (sopa) de ketchup
sal q.b.

Começe por temperar os bifes de frango com o molho de soja, sumo da laranja e sal. Grelhe a carne na chapa de ambos os lados e reserve. Descasque a manga e corte em lâminas. Lave, escorra e corte em padaços as folhas de alface. Corte o tomate em gomos e lamine os rabanetes. Corte os peitos de frango em tiras finas e envolva com os restantes ingredientes da salada. À parte, misture a maionese com o ketchup e regue a salada no momento de servir.

Sugestão: Se preferir pode preparar um molho tártaro, juntando 3 dl de maionese light com uma colher de sopa de alcaparras e uma colher de sopa de salsa fresca bem picadas.

Bom apetite!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Festa da Cebola animou Caniço


Mais relevante ainda do que o aumento da produção de cebola verificado ao longo dos últimos oito anos é o crescimento do rendimento dessa produção que, segundo o director regional de Agricultura, Bernardo Araújo, foi muito maior.
A garantia foi dada na 12.ª edição da Festa da Cebola, evento que contou este ano com 175 expositores e que animou este fim-de-semana, a freguesia do Caniço, no concelho de Santa Cruz.
A cultura da cebola naquela localidade é importante para o consumo regional e para o rendimento de muitos agricultores. Ao longo dos últimos oito anos, a produção passou das 1.560 toneladas, apuradas no ano de 2000, para as 1.820, em 2008, o que representa um aumento de 17 por cento. “Mais importante do que o aumento da produção, sublinhou Bernardo Araújo, foi o aumento do valor dessa produção, que foi muito maior, fruto de uma valorização comercial acrescida”.
Segundo fez questão de salientar o director regional da Agricultura, com aquela evolução, “todo o sector da produção de cebola, na Madeira, auferiu um valor de cerca de 2,2 milhões de euros, quando há oito anos a produção representava um valor que não chegava a um milhões de euros: eram cerca de 900 mil euros”.
Ainda de acordo com o governante, “isto representa muito para os agricultores. Significa que tem sido feito um esforço muito grande quer no aumento da produção, quer no aumento da qualidade dessa produção e, acima de tudo, também, é preciso que se diga, este é o resultado de um sentir dos consumidores, porque consomem cada vez mais produtos regionais, o que significa que a mensagem do ‘prefira produtos regionais’ está a passar”.
Bernardo Araújo anunciou ainda que as espécies de cebola produzidas na Madeira estão a ser alvo de estudo com vista a determinar qual a sua capacidade de armazenamento para depois essa informação passar aos agricultores.

domingo, 10 de maio de 2009

Feira do Pão decorreu no Funchal


A 20.ª edição da Feira do Pão, promovida pelo Lions Clube do Funchal, no Largo da Restauração, valeu pelas vendas registadas no sábado, porque no domingo, depois do almoço, a chuva afastou as pessoas do centro da capital madeirense.
No sábado decorreu um concurso de bolos para profissionais de pastelaria e hoje para bolos caseiros. No certame, estiveram em evidência pão de múltiplas formas e feitios, oriundos de todas as freguesias da Madeira e Porto Santo.
As receitas obtidas com a venda do pão revertem a favor de bolseiros a estudar em universidades portuguesas.

sábado, 9 de maio de 2009

Caldo da Romaria


As festas religiosas do Concelho de São Vicente desde sempre atraíram gentes de outras paragens. Das várias celebradas anualmente, destaque para a secular romaria do Senhor Bom Jesus, na Ponta Delgada, no 1º Domingo de Setembro e a romaria de Nossa Senhora do Rosário, na Freguesia de São Vicente, celebrada no 1º Domingo de Outubro. Associado à festividade religiosa está o prato que acompanha a evolução secular das tradicionais romarias, o Caldo da Romaria.
Esta iguaria, de fácil confecção, saciava o apetite dos romeiros à chegada a São Vicente, depois de percursos de várias horas e mesmo de dias a pé, de todas as partes da ilha da Madeira. O Caldo da Romaria é um dos principais pratos tradicionais da Região e a receita que apresento dá para quatro pessoas.

Ingredientes:

600 g de carne de vaca (com osso) ou chambão
2 cebolas
2 cenouras
1 pimenta da terra
250 g de semilhas
200 g de tomate maduro
1 c. (sopa)de banha
sal q.b.

Derreta a banha na panela do caldo, adicione o tomate e a cebola picados, a cenoura em cubos, a pimenta e a carne cortada em pedaços. Deixe refogar por alguns minutos e depois deite a água até meia panela e tempere com sal. Decorridos cerca de três quartos de hora, junte as semilhas cortadas em cubos e deixe cozer por mais meia hora.

Bom apetite!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Espetada


Ao navegar na internet e passar por diversos sites e blogues que apresentam gastronomia madeirense, fiquei perplexo com a quantidade de erros básicos que encontrei para a simples confecção da nossa espetada regional, apreciada por todos, residentes e forasteiros. Desde a introdução da cebola no espeto, até à pimenta que deve ser branca para o tempero da carne, as asneiras levam-me a apresentar a verdadeira espetada madeirense, ou seja, simples e gostosa. A quantidade de carne apresentada permite confeccionar um espeto para duas pessoas.

Ingredientes:
500 g carne de vaca (lombo)
louro (q.b.)
sal grosso (q.b.)
alho (q.b.)

Corte a carne em cubos e tempere-a com sal grosso, louro e os dentes de alho esmagados. Enfia-se cada bocado num espeto afiado de louro ou em alternativa num de aço e leva-se a assar num braseiro com calor em toda a área, rodando o espeto de vez em quando para que a carne asse toda por igual e sem deixar queimar. Acompanhe com muma salada de alface e tomate e com semilhas cortadas em metades, cozidas com casca e temperadas com oregãos. Pode ainda optar por milho frito ou bolo do caco.

Bom apetite!

Sopa de grão-de-bico


Conferidas as qualidades do grão-de-bico, passemos à sua confecção. Para tal, aconselho a adquirir a leguminosa em lata de conserva e já cozido, visto que a sua qualidade é normalmente boa. Se optar por comprar o grão seco, deve colocá-lo de molho em água, na véspera e no dia seguinte deixar cozer por 35 minutos, antes da preparação dos pratos que deseja fazer. A sugestão que aqui apresento constitui uma refeição completa, visto ser rica em hidratos de carbono, proteinas e vitaminas, em doses equilibradas para o organismo. Esta sopa de grão pode ser conservada até cinco dias no frigorífico.

Ingredientes:
500 g de grão-de-bico cozido
5 c. (sopa) de azeite
1 cebola
3 dentes de alho
1/4 de couve lombardo
1 nabo
1 cenoura
100 g de toucinho
50 g de massa cotovelo
sal q.b.

Começe por refogar ligeiramente a cebola, os dentes de alho picados e o toucinho em pedaços, adicione meio litro de água e metade do grão-de-bico e deixe cozer durante alguns minutos. À parte, coza num litro de água temperada com sal e azeite, a cenoura e o nabo em cubos, adicionando alguns minutos depois a couve cortada em juliana e a massa. Retire do primeiro preparado os pedaços de toucinho e triture com a varinha mágica o refogado. Misture o segundo preparado e adicione os pedaços de toucinho e sirva em taças de sopa.

Sugestão: Pode substituir a couve lombarda por espinafres e o toucinho por carne de porco fresca.

Bom apetite!

As qualidades do grão-de-bico


O consumo de leguminosas é aconselhado por todas as entidades ligadas ao sector da saúde. Há muito enraízado na gastronomia madeirense, o grão-de-bico permite variar e cuidar o consumo de hidratos de carbono, além de constituir uma excelente fonte de fibras solúveis, conhecidas por promover o trânsito intestinal e de sais minerais que protegem da osteoporose.
Por outro lado, contém amido, hidrato de carbono complexo que, graças à sua entrada lenta da glicose no sangue, prolonga a sensação de satisfação e retarda o apetite, bem como a falta de energia. Aos nutrientes já referidos, juntam-se ainda o zinco, potássio, magnésio, manganês, fósforo e a tiamina (vitamina B1), indispensável ao bom funcionamento do sistema nervoso e do coração, ao mesmo tempo que auxilia as células na produção de energia. O consumo regular de grão previne ainda o aparecimento do cancro do intestino e auxilia na redução do colesterol no sangue, controlo da diabetes e da obesidade.
Na Dieta Atlântica surge como acompanhamento do bacalhau cozido e em sopas. O grão, oriundo da Índia, demora perto de 140 dias a crescer, chega à Madeira seco ou em conserva, e é uma leguminosa disponível todo o ano. Sendo um alimento relativamente barato oferece uma grande versatilidade na culinária e é indispensável numa dieta alimentar equilibrada.

Gelado à Patrícia


Por sugestão de uma amiga especial e colega de profissão, Patrícia Gaspar, aqui apresento uma sugestão deliciosa para uma sobremesa que deve ser degustada sem complexos dietéticos. A confecção é simples e permite surpreender amigos ou familiares depois de um repasto de fim-de-semana ou num dia festivo.

Ingredientes:

200 ml de leite condensado
400 ml de natas
100 g de miolo de amêndoa
200 g de bolacha Maria

Começe por triturar a bolacha Maria e depois o miolo de amêndoa. À parte bata as natas, adicionando em fio o leite condensado. Junte a bolacha e a amêndoa e envolva até que a mistura fique homogénea. Deite o preparado num recipiente apropriado para ir ao congelador por algumas horas. Retire pelo menos 10 minutos antes de servir.

Bom apetite!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Gastronomia é aposta em eventos e mostras regionais


A Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, através da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, vai aproveitar os eventos agrícolas de relevo, mormente feiras e festas, para promover os produtos regionais agro-pecuários, através de eventos gastronómicos paralelos às iniciativas, tal como aconteceu na feira da cana-de-açúcar, nos Canhas.
Com efeito, a Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, tutelada por Bernardo Araújo, pretende desenvolver, ao longo deste ano, conforme acentua o governante, «um projecto que visa estimular um consumo mais continuado e diversificado dos produtos agro-alimentares regionais, quer na culinária doméstica, quer na restauração profissional».
Esta iniciativa de dinamização de actividades gastronómicas focalizadas nas produções agro-pecuárias madeirenses ocorrerá no âmbito dos muitos eventos do sector realizados anualmente na Região, nomeadamente a Festa da Cebola, Exposição Regional do Limão, Festa da Cereja, Feira Agro-Pecuária, Mostra da Banana, Festa do Pêro e Festa da Castanha.
«Sem deixar de motivar a preservação dos saberes e sabores tradicionais, é pretendido promover a divulgação de novas e diferentes formas de usufruto das principais produções da agricultura e da pecuária regional, relevando a sua adequação e qualidade excepcional em qualquer contexto de consumo e prática culinária», explicou Bernardo Araújo.
Por um lado, um outro objectivo é o de que «as famílias madeirenses orientem as suas preferências para os produtos da sua terra privilegiando-os no maior número de decisões alimentares».
Por outro lado, já ao nível da restauração, «é procurado que esta dê, na confecção culinária, um particular destaque à utilização das produções que são mais características da agricultura e da agro-indústria da sua localização ou proximidade, mais a incentivando ao desenvolvimento de receitas inovadoras e diferentes com aqueles ingredientes».
Para a execução deste projecto de dinamização gastronómica, assente nas tendências mais contemporâneas, a Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural conta com a colaboração e empenho de um grupo de chefes de cozinha, a maioria ligados à hotelaria de gama superior.
«Estes especialistas de reputação internacional, com a sua mestria e criatividade, em cada certame seleccionado, apresentarão novas e diferentes formas de utilização e desfrute dos produtos agrícolas e agro-alimentares regionais, com particular enfoque para os que constituem o cartaz do evento em causa» explica Bernardo Araújo.
Para demonstração das receitas nos locais dos certames, em parceria com uma das mais importantes empresas regionais de fabrico e montagem de equipamentos para a restauração e a hotelaria, foi construída uma cozinha modular amovível, apetrechada com todos os meios necessários.